Que "diferença faz a diferença" na recuperação da anorexia nervosa?
CONTEXTO: As dificuldades inerentes ao tratamento da anorexia nervosa são bem conhecidas e é, ainda hoje, predominante a concepção da anorexia nervosa enquanto doença crônica. Contudo, diversos estudos mostram não só que a recuperação é possível como também que há inclusivamente mulheres que se recuperam espontaneamente, sem terem sido sujeitas a tratamento. OBJETIVO: Este estudo pretende, assim, rever a literatura existente relativamente a fatores que contribuíram para a recuperação na anorexia nervosa, quer relacionados com o tratamento quer com extratramento. MÉTODO E RESULTADOS: Para tal, a partir da revisão de 13 estudos existentes sobre a perspectiva de ex-pacientes acerca do que contribuiu para a recuperação, este artigo irá pôr em destaque que "diferenças fizeram a diferença", bem como em que medida os estudos existentes permitem uma compreensão de como essas diferenças podem fazer a diferença. CONCLUSÃO: Conclui-se que, apesar de a investigação estar, sobretudo, centrada na compreensão dos fatores de tratamento mais úteis, muitas ex-pacientes parecem destacar mais a utilidade dos fatores extratratamento, nomeadamente a importância das relações na manutenção e resolução do problema. Os mesmos fatores são considerados prejudiciais e/ou úteis para diferentes entrevistadas, o que remete para a complexidade do fenômeno da recuperação que ainda carece de mais investigação.
Main Authors: | , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
2011
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832011000200006 |
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