Suicídio entre povos indígenas: um panorama estatístico brasileiro
O suicídio relaciona-se etiologicamente com uma gama de fatores, que vão desde os de natureza sociológica, econômica, política, religiosa, cultural, passando pelos psicológicos e psicopatológicos, até os genéticos e os biológicos. Os autores partem de uma revisão das estatísticas mundiais, destacando os países onde a problemática é mais crítica e, em seguida, mostram uma revisão das estatísticas entre as sociedades tradicionais, detentores dos números mais alarmantes. Esses dados iniciais contextualizam a apresentação do panorama entre as populações indígenas brasileiras. O suicídio é prevalente em diversas populações, sendo relatado entre os Guarani-Apapokuva, os Urubu-Kaapor, os Paresi e os Yanomani. As taxas entre os Ticunas, com 28% do total de óbitos entre 1994 e 1996, e os Caiowás, com taxa cerca de 40 vezes maior que a brasileira, são altamente preocupantes. Entretanto, entre os Sorowahá a situação é dramática, comunidade com 130 habitantes que tem, provavelmente, uma das maiores estatísticas mundiais, com uma taxa estimada em 1.922 por 100 mil habitantes.
Main Authors: | , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
2003
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832003000100001 |
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