A aventura toponímica dos sertões das capitanias do Norte e do Estado do Maranhão: paisagem, povoamento e diversidade
RESUMO O artigo se propõe a reconstruir as paisagens pregressas dos sertões das capitanias do Norte e do Estado do Maranhão (capitanias do Piauí e Maranhão), entre os séculos XVI e XIX, a partir do cotejamento das toponímias relacionadas em fontes primárias cartográficas e manuscritas. Por meio dos topônimos é possível auferir e conferir que os sertões não se limitavam às imagens do vazio e da homogeneidade. Ao contrário, eles eram formados por paisagens, espaços e territórios construídos igualmente por uma sociedade diversificada de índios, africanos e europeus. Inicialmente, reflete-se sobre o papel arqueológico da toponímia no intuito de decifrar as economias ocultas nas palavras, mas que construíram os territórios dos sertões. Lança-se luz aos lugares situados em zonas de produção do “sal da terra”, uma mercadoria que conectou sobretudo os sertões do rio São Francisco com as capitanias vizinhas. A seguir, verifica-se como o léxico de origem indígena foi essencial ao povoamento e conhecimento dos sertões. Como consideração final, verifica-se a aventura toponímica inserida num jogo de escalas, tomando, no âmbito urbano, os nomes das ruas da cidade de Oeiras do Piauí como estudo de caso. O método utilizado vale-se de escalas geográficas flexíveis que celebram as vivências e paisagens desde o intraurbano até a macroescala.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Museu Paulista, Universidade de São Paulo
2021
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-47142021000100456 |
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