A Formação Inicial e a Continuada: diferenças conceituais que legitimam um espaço de formação permanente de vida

O presente artigo discute o conceito de formação continuada apoiado em Canário (2013), Cavaco (2002, 2013), Nóvoa (1992, 1988) e Freire (1993, 1996, 1997, 2000, 2001, 2003), refletindo sobre os desdobramentos do discurso ideológico que reforça investidas de formação continuada apartadas de uma prática permanente de vida. Essa reflexão permite desmistificar o entendimento de formação continuada como treinamento e reparação, implícito em muitas ações governamentais, que deslocam os investimentos da formação inicial para a continuada, política que aligeira e fragiliza a formação inicial, uma vez que docentes com formação precária são mais facilmente aparelháveis com pacotes pedagógicos e materiais instrucionais. Neste texto, defendemos que uma formação continuada não reparadora/supletiva, mas de caráter eletivo, demandaria dos professores três aspectos essenciais: (1) uma formação inicial que lhes possibilitasse traçar rumos para suas trajetórias; (2) autonomia para decidir quando, onde e como continuarão a se formar; (3) condições materiais para frequentar cursos, desenvolver pesquisas e produzir propostas de intervenção.

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Bibliographic Details
Main Authors: Castro,Marcelo Macedo Corrêa e, Amorim,Rejane Maria de Almeida
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: CEDES - Centro de Estudos Educação e Sociedade 2015
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-32622015000100037
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