Consciência e temporalidade em Edith Stein: Em diálogo com Heidegger

Resumo: O tema consciência e temporalidade é comum à filosofia fenomenológica e hermenêutica. Pretende-se, neste artigo, apresentar a teoria de Edith Stein sobre o tempo, com base na sua obra fundamental: Ser finito e ser eterno. Esta se constrói na esteira da fenomenologia de Husserl e como reação a Sein und Zeit, de Heidegger, ademais, apoiando-se na teoria do ato e da potência de Tomás de Aquino. Stein constrói uma teoria do tempo centrada no presente. Aplicando a fenomenologia às “unidades de vivência” e aos conceitos de “ato” e “potência”, de origem tomista, cria o conceito de “atualidade”, que compreende as três dimensões temporais. Criticando Heidegger, a autora sublinha que o “ser do ser finito” é “um ser recebido”, o qual se constitui na relação de “abertura” ao “ser eterno”. Na conclusão, propõe-se a possibilidade do reencontro com o passado (Heidegger) como análise preparatória para a “abertura” ao ser eterno.

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Bibliographic Details
Main Author: Nunes,Etelvina Pires Lopes
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual Paulista, Departamento de Filosofia 2021
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31732021000100095
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