COGITO, SENTIMENTO E AFETIVIDADE EM MALEBRANCHE*

RESUMO O artigo analisa o modo como Malebranche apresenta o conhecimento que possuímos de nossa própria alma a partir da noção de sentimento interior. Para tanto, tomamos como ponto de partida a concepção malebrancheana do argumento do cogito, opondo-a à de Descartes, tomando-o como uma constatação imediata da existência de algo que sente, sem, no entanto, poder afirmar algo sobre sua essência. O conhecimento da alma torna-se assim algo puramente afetivo, sem nenhum conteúdo positivo, e por natureza distinto do conhecimento propriamente dito. Buscamos desse modo mostrar como, na filosofia de Malebranche, cria-se um campo propriamente humano do sentimento cujo conteúdo é irredutível a qualquer ciência clara e distinta, ao mesmo tempo que é constatado pela experiência vivida.

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Bibliographic Details
Main Author: Kontic,Sacha Zilber
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG 2018
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-512X2018000200613
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