O plantão noturno em anestesia reduz a latência ao sono

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Os médicos em geral, os anestesiologistas em particular, têm jornadas de trabalho prolongadas. Os residentes de Anestesiologia podem apresentar fadiga e estresse significativos. O objetivo deste trabalho foi verificar, em residentes de primeiro e segundo anos a latência do sono em períodos após plantão. MÉTODO: Foram avaliados 11 residentes em situações distintas: às 7 horas da manhã, após noite de sono normal (> 7h), sem plantão nos 3 dias anteriores (M1); às 7 horas da manhã, após 24 horas de trabalho, sem dormir, sem plantão nos 3 dias anteriores (M2); às 13 horas da tarde, após 30 horas de trabalho, sem dormir, sem plantão nos 3 dias anteriores (M3). Em todas essas situações foi realizado eletroencefalograma (EEG) contínuo, em sala apropriada para registro dos sinais de sono, avaliando a latência ao sono (LS). RESULTADOS: Verificou-se redução significativa da LS entre os residentes, após 24 ou 30 horas de plantão sem dormir. Entre os residentes que tiveram noite de sono normal na véspera do exame, 36,4% apresentaram LS em nível considerado patológico. CONCLUSÕES: A jornada de plantão de 24 ou 30 horas leva a valores de LS menores que 5 minutos, considerados patológicos, refletindo a fadiga extrema de residentes de Anestesiologia. Pode ser importante a regulamentação do número de horas de descanso pós-plantão.

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Bibliographic Details
Main Authors: Mathias,Lígia Andrade da Silva Telles, Coelho,Christina Morotomi Funatsu, Vilela,Elizabeth Pricoli, Vieira,Joaquim Edson, Pagnocca,Marcelo Lacava
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Anestesiologia 2004
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942004000500012
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