Saúde, Religião e Trânsito Religioso: Estudo Pró-Saúde
RESUMO Embora pesquisas qualitativas apontem para uma relação entre mudança de religião e busca por saúde e superação de doenças e do sofrimento em geral, há pouca produção de dados quantitativos sobre o tema. Esse artigo pretende preencher em parte essa lacuna analisando os resultados de um estudo epidemiológico com funcionários públicos no Rio de Janeiro (Estudo Pró-Saúde) em 1999. Dos 3.562 indivíduos pesquisados, 62% mantiveram a religião em que foram criados, 26% mudaram de religião, e 12% mudaram para “sem religião”. O trânsito religioso, variável derivada da comparação entre religião de criação e religião declarada à época da pesquisa, foi marcado por crescimento de kardecistas e do grupo “sem religião”. Para verificar a associação entre a variável autopercepção da saúde e as variáveis identidade religiosa e trânsito religioso, foi realizada uma análise estatística ajustada por variáveis sociais e demográficas. Observou-se uma chance 40% mais elevada de uma autopercepção da saúde “regular ou ruim” estar associada à mudança de religião, quando comparada à autopercepção de saúde “boa ou muito boa”, independentemente de idade, sexo e escolaridade.
Main Authors: | , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
2016
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0011-52582016000401241 |
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