Neurocriptococose e imunossupressão: modelo experimental, em camundongos
Com o objetivo de padronizar modelo experimental de imunossupressão foram selecionados dois lotes de 50 camundongos impúberes, cada um dividido em grupos de 10, e submetidos a ação de dexametasona. O estudo foi dividido em dois experimentos. No primeiro experimento foi utilizado o primeiro lote de animais e foram estabelecidas as condições para obtenção de modelo de imunossupressão em camundongos mediante administração de dexametasona diluída na água de consumo e ingerida ad libitum pelos animais. Entre os critérios utilizados para avaliar a vigência de imunossupressão são realçados: a ocorrência de eriçamento de pelos, leucopenia por diminuição do número de linfócitos e hipotrofia do baço comparativamente aos controles, com hipoplasia intensa de todas as estruturas linfóides. No segundo experimento foi empregado o segundo lote de animais e foi estudado o comportamento do modelo experimental estabelecido. Os animais receberam, por via intraperitonial, número aproximado delO6 leveduras com os caracteres morfológicos do Cryptococcus neoformans, provenientes de culturas de cepas patogênicas ao homem e isoladas do líquido cefalorraqueano de pacientes com neurocriptococose. Apesar de haverem sido identificadas leveduras em cortes histológicos de pulmão, fígado e baço em todos os camundongos inoculados, somente ocorreu o óbito naqueles em que havia acometimento do sistema nervoso central pela levedura (aproximadamente 50% dos animais). A discussão dos resultados obtidos e seu significado inclui considerações sobre o possível papel desempenhado pela função barreira hêmato-encefálica no evento constatado.
Main Authors: | , , , , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO
1985
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1985000100005 |
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