Cirurgias de músculos retos horizontais: análise de planejamentos e resultados

Objetivo: Estudo retrospectivo dos resultados de cirurgias para correção de estrabismo horizontal num hospital-escola. Métodos: Selecionados casos de eso ou exotropias aproximadamente concomitantes, sem sinais evidentes de paralisias musculares ou de processos de contenção das rotações oculares, em que se realizaram, apenas, cirurgias de recuo dos retos mediais (grupo A), ou laterais (grupo C), ou de recuo e ressecção em esotropias (grupo B), ou exotropias (grupo D), com ou sem transposições das inserções dos músculos operados. Resultados: Esotropias foram mais freqüentes que exotropias (nA = 66; nB = 28; nC = 27; nD = 22) e cirurgias com transposições (96) superaram as sem (47). A distribuição dos ângulos pré-operatórios (m = 42,49D, s = 11,68D nas esotropias; m = 35,39D; s = 9,93D nas exotropias) e a das correções obtidas (m = 38,95D, s = 13,57D nas esotropias; m = 31,64D, s = 14,58D nas exotropias) são praticamente equivalentes e, além disso, altas correlações foram observadas entre o ângulo pré-operatório e a quantidade da operação respectiva. Todavia, as correlações entre os ângulos pré-operatórios e os resultados proporcionais da cirurgia (em D/mm) foram, todas, baixas. As quantidades de correções adequadas quando considerados ângulos residuais de desvio de ±5D, ±10D e ±15D, foram respectivamente de 31,9%, 62,8%, e 80,8% nas esotropias e 40,8%, 55,1% e 73,5% nas exotropias. Conclusões: Embora planejamentos cirúrgicos e suas execuções produzam resultados coletivos satisfatórios, os individuais mostram ainda uma imprevisibilidade muito alta.

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Bibliographic Details
Main Authors: Foschini,Rosália M. Simões Antunes, Bicas,Harley E. A.
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Conselho Brasileiro de Oftalmologia 2001
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492001000600006
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