Armadilhas no diagnóstico da hiperprolactinemia

Na abordagem diagnóstica da hiperprolactinemia, três armadilhas ou problemas potenciais merecem uma atenção especial: os incidentalomas hipofisários (presentes em 10% da população adulta à ressonância magnética), o efeito gancho e a macroprolactinemia. O efeito gancho se caracteriza pela presença de níveis falsamente baixos de prolactina (PRL), quando se empregam imunoensaios de dois sítios em pacientes com grandes prolactinomas e hiperprolactinemia muito acentuada. O efeito gancho pode ser identificado através de uma nova dosagem da PRL após diluição do soro a 1:100, quando se observará um aumento dramático do valor da PRL. Ele deve ser excluído em qualquer paciente com um macroadenoma e níveis séricos de PRL <200ng/mL. A macroprolactinemia responde por cerca de 10% dos casos de hiperprolactinemia. Resulta de um excesso de PRL polimérica (macroprolactina ou big big prolactin), cuja biodisponibilidade é diminuída. Assim, a maioria dos pacientes com macroprolactinemia não apresenta os sintomas clássicos da hiperprolactinemia e habitualmente não requerem tratamento.

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Bibliographic Details
Main Authors: Vilar,Lucio, Naves,Luciana A., Gadelha,Mônica
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia 2003
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302003000400007
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