Uso de indicadores nos estudos de nutrição animal aplicados aos sistemas de produção a pasto.
A produtividade de animais mantidos em pastagens depende do potencial genético (resposta do animal ou eficiência alimentar), do valor nutritivo das pastagens e do consumo (aceitabilidade, taxa de passagem e disponibilidade de forrageiras). Os animais criados em pastejo requerem um consumo relativamente constante de nutrientes para satisfazer os requerimentos de metabolismo, crescimento e reprodução, no entanto, eles são defrontados com o problema de obter estes nutrientes num ambiente extremamente variável e flutuante (BELOVSKY, 1986; THIAGO, 1999). A determinação do consumo de forragem por animais em pastejo é ainda um desafio para os pesquisadores devido às complexas interações entre animais, plantas e condições ambientais (FAVERDIN et al., 1995). Em virtude da correlação positiva entre consumo e digestibilidade (CHILLIARD et al., 1995; MANNETJE; EBERSOHN, 1980; SOEST, 1965), animais alimentando-se de pastagens ricas em fibra podem ter redução no consumo, provocado por menores taxas de passagem e limitado pela capacidade do trato digestivo (MERTENS, 1994). Desta forma, é de extrema importância a tarefa de mensuração do consumo em animais a pasto, pois somente após conhecido seu valor é possível ajustar as curvas de produção animal de acordo com as potencialidades das forrageiras. É possível estimar de forma indireta ou determinar de forma direta o consumo e a digestibilidade dos alimentos, sendo que qualquer metodologia escolhida apresenta vantagens ou desvantagens em relação às demais. A medição direta é feita pela pesagem de todos os alimentos oferecidos, das sobras e da coleta total de fezes, entretanto esses dados são de difícil mensuração tornando este um método trabalhoso e de alto custo (BERCHIELLI et al., 2000). Diversos métodos alternativos foram desenvolvidos com o objetivo de se medir o consumo, que pode ser estimado indiretamente pelo resultado entre as diferenças de peso da forragem (BURNS et al., 1994; CORBETT, 1978; GARDNER, 1986), as diferenças de peso animal (HORN et al., 1979), o comportamento alimentar (LUGINBUHL et al.,1990) por predições matemáticas ou equações de regressão (POPPI, 1996) e, mais recentemente, por medições do volume de biomassa através de imagens de satélite (EDIRISINGHE et al., 2012).
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Format: | Folhetos biblioteca |
Language: | pt_BR por |
Published: |
2012
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Subjects: | Nutrição Animal, Pastagem, |
Online Access: | http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/939788 |
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