Economia solidária e economia feminista: um diálogo necessário

A política de Economia Solidária tem sido uma estratégia de enfrentamento dos processos de exclusão social e de precarização do trabalho (degradação das condições de trabalho e retirada dos direitos dos trabalhadores/as) que acompanham o desenvolvimento do capitalismo nos últimos dois séculos (produzir riqueza gerando miséria). A Economia Feminista busca dialogar com a Economia Solidária no sentido de construir um novo modelo, que rompa com os padrões econômicos vigentes dentro do modelo patriarcal que estabelece hierarquias entre as atividades desenvolvidas por ambos os sexos. Pensar a política pública de Economia Solidária a partir dos pressupostos da Economia Feminista, da divisão sexual do trabalho, da produção e reprodução deve ser um instrumento de análise para abordar o problema da mudança, do rompimento da lógica que vem reforçando as desigualdades de gênero e, consequentemente, a opressão das mulheres, também dentro dos Empreendimentos Econômicos Solidários (EES). Este trabalho busca apresentar a discussão entre Economia Solidária e Economia Feminista no sentido da inserção das mulheres na Economia Solidária, e como essa inserção pode representar uma possibilidade para a busca da igualdade de gênero. Também busca visibilizar as dificuldades, no interior da Economia Solidária, para que ela consiga superar as relações desiguais entre as mulheres e homens e a reprodução da divisão sexual do trabalho.

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Bibliographic Details
Main Author: Arcas de Abreu, Sérgio Ricardo
Other Authors: Matos de Oliveira, Ana Luiza (Dir.)
Format: masterThesis biblioteca
Language:por
Published: São Paulo, Brasil: FLACSO Sede Brasil 2020-12-11T22:38:46Z
Subjects:ECONOMÍA COLECTIVA, ORGANIZACIÓN FEMENINA,
Online Access:http://hdl.handle.net/10469/16504
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