Erosão hpidrica associada a algumas variáveis hidrológicas em pomar de maçã submetido a diferentes manejos do solo.

O manejo do solo em cultivos perenes, como pomares, influencia a erosão hídrica. O presente estudo avaliou as perdas de solo e água sob chuva simulada em um Latossolo, em pomar de maçã, entre os meses de agosto de 2007 e abril de 2008, na estação experimental de fruticultura de clima temperado da Embrapa Uva e Vinho, em Vacaria (RS). O trabalho foi conduzido em parcelas experimentais de 3,5 x 11 m, sob chuvas com 1 h de duração e intensidade constante ao longo delas, com variação de 70 a 88 mm h-1 entre uma chuva e outra. Os sistemas de manejo estudados foram: 1) capina manual sob a copa das plantas e solo coberto com gramíneas e leguminosas no restante da área (ST); 2) aveia não dessecada, em que as sementes foram incorporadas ao solo, com capina manual em toda a área, dois meses antes do início dos testes de chuva (AN); 3) aveia dessecada quimicamente sete dias antes do início dos testes de chuva, em que as sementes foram incorporadas ao solo com enxada rotativa em toda a área, dois meses antes do início dos testes (AD); e 4) solo sem cobertura, em que a vegetação, após ter sido dessecada, foi removida da superfície do solo em toda a área com capina manual, um dia antes de iniciar os testes de chuva (SC). A forma de manejo da superfície do solo e o número de chuvas influenciaram a erosão hídrica; as perdas de solo variaram amplamente, enquanto as perdas de água apresentaram menor variação. Apesar da mobilização do solo para implantação de aveia, os tratamentos AN e AD com esse cultivo mostraram a mesma eficácia de controle da erosão em relação ao tratamento ST, em que o solo foi mobilizado apenas sob a copa das plantas. A eliminação da cobertura do solo no tratamento SC aumentou expressivamente as perdas de solo em relação aos tratamentos com cobertura; no que se refere às perdas de água, a diferença foi menor. O tempo de ocorrência do escoamento superficial influenciou a perda de solo; observou-se aumento dessa variável com o aumento do tempo de enxurrada até certo momento, a partir do qual diminuiu, independentemente do tratamento; a perda de água aumentou até certo momento e estabilizou. Houve relação inversa entre razão de perda de solo e razão de perda de água, independentemente do tipo de cobertura do solo e do sistema de manejo sob as macieiras. O modelo exponencial ajustou-se a essa relação.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: GOBBI, E., BERTOL, I., BARBOSA, F. T., WERNER, R. de S., RAMOS, R. R., PAZ-FERREIRO, J., GEBLER, L.
Other Authors: EDERSON GOBBI, UDESC; ILDEGARDIS BERTOL, UDESC; FABRÍCIO TONDELLO BARBOSA, UDESC; ROMEU DE SOUZA WERNER, UDESC; ROGER ROBERT RAMOS, UDESC; JORGE PAZ-FERREIRO, UNIVERSIDAD DA CORUÑA - ESPANHA; LUCIANO GEBLER, CNPUV.
Format: Artigo de periódico biblioteca
Language:pt_BR
por
Published: 2011-11-11T11:11:11Z
Subjects:Chuva simulada, Hidrograma, Sedimentograma, Fruticultura, Maçã, Solo, Manejo, Erosão, Água,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/905826
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!