Estudo de associação entre microssatélites localizados no cromossomo OAR3 e características de crescimento e resistência aos nematódeos gastrointestinais em ovinos.
A ovinocultura, apesar de apresentar um crescimento significativo nos últimos anos, ainda não pode ser considerada no Brasil como uma exploração competitiva. Isto se deve principalmente pela falta de organização e estruturação do setor produtivo. Dentre os problemas da ovinocultura nacional podemos citar as parasitoses gastrintestinais e a baixa produtividade das raças locais quando comparadas com raças importadas. O entendimento dos fatores genéticos que controlam as características produtivas pode auxiliar na melhoria dos rebanhos para uma característica importante sem significar prejuízo a outras características. Através de técnicas de biologia molecular e estatística pode-se identificar genes/regiões cromossômicas responsáveis pelo controle dessas características e uma vez que essas regiões sejam identificadas e comprovadas como importantes, essa informação pode ser utilizada em programas de melhoramento genético através de seleção assistida por marcadores. Algumas regiões já foram identificadas como sendo candidatas a conter genes importantes tanto para resistência aos nematódeos gastrintestinais quanto para características de crescimento em ovinos e outras espécies de ruminantes. Dentre estas regiões está o braço Q do cromossomo OAR3 dos ovinos. Por isso, o objetivo deste trabalho foi estudar três marcadores microssatélites localizados no braço Q do cromossomo ovino OAR3 e suas relações com as características de crescimento (peso ao nascimento e peso ao abate) e resistência aos nematódeos gastrintestinais utilizando ovinos pertencentes a três grupos genéticos (Santa Inês X Santa Inês, Dorper X Santa Inês e Suffolk X Santa Inês). A análise de associação revelou a presença de dois alelos do marcador BL4 com efeito significativo no grupo genético Santa Inês x Santa Inês e um alelo do mesmo marcador com efeito significativo no grupo genético Dorper x Santa Inês para peso ao nascimento. Também foi observado efeito de um alelo do marcador BL4 com efeito significativo no grupo genético Santa Inês x Santa Inês para peso ao abate. Não foi observado efeito significativo de nenhum marcador na característica de resistência aos nematódeos gastrintestinais. Os resultados deste trabalho sugerem a presença de um ou mais genes na região estudada para características de crescimento, porém mais estudos são necessários para confirmar a real importância desta região no controle destas características bem como a identificação de possíveis genes candidatos.
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Format: | Teses biblioteca |
Language: | pt_BR por |
Published: |
2009-04-23
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Subjects: | Ovinos, Microssatélites, Características de crescimento, Nematódeos gastrintestinais, Genética, |
Online Access: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/48769 |
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