Banco de sementes em áreas de restauração florestal na Amazônia Oriental.

A atividade pecuária se destaca no desmatamento, sendo causa de dois terços das terras desmatadas nos neotrópicos, sendo 80% na Amazônia brasileira. Destas áreas desmatadas, aproximadamente metade está degradada e uma parcela considerável abandonada e em terras públicas através da grilagem.O Brasil comprometeu-se no acordo de Paris por meio de sua contribuição nacional determinada em zerar o desmatamento ilegal na Amazônia, a reflorestar 12 milhões de hectares de florestas, além de restaurar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas até 2030 (COP- 21). Para tal, existem vários métodos e técnicas de restauração ecológica, as quais ampliam possibilidades para que os processos ecológicos recriem condições para o restabelecimento dos ecossistemas degradados. Nesse processo, independentemente do método utilizado, torna-se necessária a execução de monitoramentos periódicos para avaliação de indicadores que demonstrem o desenvolvimento da restauração. Dentre os indicadores vegetativos, a regeneração natural é muito utilizada, porque expressa a resiliência do ecossistema em restauração. Entretanto, outros indicadores de vegetação podem ser utilizados, como: banco de sementes, chuva de sementes e produção de serrapilheira. O banco de sementes do solo é imprescindível no planejamento de projetos de restauração florestal, pois ele representa o estoque de sementes viáveis no solo, apresentando uma grande densidade de indivíduos e riqueza de espécies. No entanto, sua eficiência está ligada ao histórico de uso, uma vez que áreas em que a vegetação foi suprimida e manejada com diferentes usos por longos períodos, como agricultura ou pastagem, não devem apresentar mais, elevado potencial de riqueza e diversidade de espécies. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar qual o método de restauração florestal apresenta melhores parâmetros fitossociológicos para banco de sementes em áreas de pastagens abandonadas na Amazônia Oriental. Nas três áreas analisadas houve dominância em espécies e indivíduos herbáceos e a maioria pertencentes à família cyperaceae, indicando estarem em estágio inicial de sucessão. Considerando a relação custo-benefício, o método utilizando a restauração passiva foi o mais eficiente, pois mesmo não tendo custos referentes ao plantio de mudas e tratos culturais, mostrou resultados superiores para diversidade do banco de sementes.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: COSTA, N. S. L., SCHWARTZ, G., GOMES, J. M., DIONÍSIO, L. F. S., MILHOMEM, C. de A., MARTINS, W. B. R., PEREIRA FILHO, J.
Other Authors: NISÂNGELA SEVERINO LOPES COSTA, UNIVERSIDADE ESTADUAL DA REGIÃO TOCANTINA DO MARANHÃO; GUSTAVO SCHWARTZ, CPATU; JAQUELINE MACEDO GOMES, UNIVERSIDADE ESTADUAL DA REGIÃO TOCANTINA DO MARANHÃO; LUIZ FERNANDES SILVA DIONÍSIO, UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ; CAMILA DE ALMEIDA MILHOMEM, UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA; WALMER BRUNO ROCHA MARTINS, UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA; JURANDIR PEREIRA FILHO, UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ.
Format: Artigo de periódico biblioteca
Language:por
Published: 2024-08-14
Subjects:Pastagens abandonadas, Áreas degradadas, Resiliência, Floresta Tropical, Pastagem,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1166542
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!