Emissões de óxido nitroso (N2O) do solo em sistema de integração lavoura – pecuária.

Resumo: O setor agropecuário é um dos maiores contribuintes para emissões de gases de efeito estufa (GEE). Dentre esses gases destaca-se as emissões de óxido nitroso (N2O) do solo, com alto potencial de aquecimento global. A tecnologia ILPF pode auxiliar na mitigação dessas emissões, contudo, as avaliações devem avançar para conhecer qual o potencial de mitigação por redução das emissões. Este trabalho teve como objetivo avaliar os fluxos de N2O do solo em sistemas de integração e sistema solteiro. O experimento foi realizado na Embrapa Agrossilvipastoril, Sinop, MT, denominado de ILPF corte. Os tratamentos avaliados foram: 3, Pasto exclusivo de Brachiaria brizantha cv. Marandu; 4, Integração Lavoura-pecuária (2 anos de pecuária e 2 anos de lavoura com soja no verão + milho safrinha consorciado com pasto cv. Marandu); 7, Integração Floresta-Pecuária, sendo pasto de cv. Marandu no sub-bosque de Eucalyptus urograndis (Clone H13); 10, Integração lavoura-pecuária-floresta, sendo soja no verão + milho safrinha consorciado com pasto. As coletas de gases foram realizadas no período chuvoso entre outubro/22 e março/23, através de câmaras estáticas manuais ventiladas, onde foram coletadas 4 amostras durante 1 hora. Em seguida foram encaminhadas para laboratório para análise em cromatógrafos gasosos para determinação das concentrações de N2O nas amostras. Com os dados de laboratório, foram calculados os fluxos de N2O do solo, submetidos a análise de variância e ao teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com 4 repetições. O tratamento 7 diferiu-se dos demais, com a média de 15,1 μg N-N2O m-2 h-1, já os tratamentos 10 e 3 não diferiram entre si, com valores médios de 4,2 e 6,1 μg N-N2O m-2 h-1, respectivamente. O tratamento 3 também não se difere do tratamento 4, com fluxo médio de 7,9 μg N-N2O m-2 h-1. O tratamento 7, apresentou maior fluxo médio em relação aos demais tratamentos. Os tratamentos 3, 4 e 10 tiveram menores fluxos nos sistemas de pasto exclusivo, lavoura-pecuária e lavoura-pecuária-floresta, respectivamente. Os maiores fluxos observados no tratamento 7 (IPF), possui maior densidade de árvores dos sistemas com este componente, o que pode estar influenciando na dinâmica de água e energia do sistema, impactando também os fluxos de N2O do solo. Contudo, estudos devem avançar e por mais tempo para testar esta hipótese.

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Bibliographic Details
Main Authors: SILVA, A. K. N. da, SANTOS, L. R. T. dos, ALMEIDA, I. G. de, BARROS JÚNIOR, J. H., VILELA, G. M. M., CRUZ, J. A. R. da, SILVA, S. M. da, NASCIMENTO, A. F. do
Other Authors: ADRIELE KAROLINA NÉRIS DA SILVA, UNIVERSIDADE DE CUIABÁ; LUÍS RICARDO TAVARES DOS SANTOS, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO; IZABEL GOMES DE ALMEIDA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO; JEOVÁ HERCULANO BARROS JÚNIOR, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO; GABRIEL MESQUITA MORAES VILELA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO; JEFFERSON ADRIANO RODRIGUES DA CRUZ, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO; SIDNEY MACHADO DA SILVA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO; ALEXANDRE FERREIRA DO NASCIMENTO, CPAMT.
Format: Resumo em anais e proceedings biblioteca
Language:Portugues
pt_BR
Published: 2024-02-10
Subjects:Óxido nitroso, Sistemas integrados, Integração lavoura-pecuária, ILP, Pastagem, Sistema de Produção,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1161961
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