Micropropagação visando a conservação in vitro de Aeollanthus suaveolens (catinga de mulata).

A Aeollanthus suaveolens conhecida popularmente como catinga-de-mulata é uma espécie de origem africana, presente em diversas regiões do Brasil, inclusive na região amazônica. Seu principal uso medicinal é seu efeito sedativo e anticonvulsionante, sendo também usada como materia prima de perfumes caseiros. A micropropagação é uma técnica que pode ampliar o conhecimento ou proteger, através da conservação in vitro, espécies com potencial uso presente ou futuro. O objetivo do presente trabalho foi desenvolver um protocolo de conservação in vitro para A. suaveolens visando o crescimento lento. Os explantes foram inoculados em meio MS em duas salas distintas. Sala 1: temperatura de 18 ± 1°C, três diferentes irradiâncias de luz LED branca: 35, 45 e 75 μmol.m-2.s-1. Sala 2: temperatura de 25 ± 1°C, irradiância de luz fluorescente branca fria: 25 μmol.m-2.s-1. Na temperatura de 18 ± 1°C, as taxas de sobrevivência foram variadas, sendo que houveram perdas em todos os tratamentos devido a contaminação. Na temperatura de 25 ± 1°C, o tratamento de 25 μmol.m-2.s-1 obteve porcentagem de sobrevivência de 100% até o 6º mês (180 dias). Na avaliação da altura, na primeira avaliação, nos tratamentos de 35, 45 e 75 μmol.m-2.s-1, a 18 ± 1ºC, a altura média das plântulas foi de 1,67; 1,07 e 0,53 cm, respectivamente. Não houve diferença estatística significativa entre os tratamentos. Nas avaliações seguintes, a altura média do tratamento de 75 μmol.m-2.s-1 difere estatisticamente entre os tratamentos de 35 e 45 μmol.m-2.s-1, sendo que essa diferença permanece até o 9º mês (270 dias), onde ocorre o descarte por senescência. No tratamento de 25 μmol.m-2.s-1, a 25 ± 1°C, em todas as avaliações, a altura média das plântulas foram acima dos tratamentos da sala a 18 ± 1°C. Em relação ao número de brotações, em todas as avaliações, os tratamentos de 35, 45 e 75 μmol.m-2.s-1 não apresentaram diferença estatística significativa. Conclui-se que o fator temperatura foi determinante para a redução do crescimento in vitro da A. suaveolens, sendo uma estratégia eficaz para aumentar o intervalo de subcultivo.

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Bibliographic Details
Main Authors: FERREIRA, T. A. A., COSTA, M. S. M. da, SILVA, A. C. B. da, GUEDES, A. S., MEDEIROS, A. P. R., SILVA, E. de J. F., RODRIGUES, S. de M., LAMEIRA, O. A.
Other Authors: TÁSSIA ALANA ALVES FERREIRA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ; MARIA SINTIA MONTEIRO DA COSTA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ; ANA CAROLINE BATISTA DA SILVA, UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA; ALEX SANTOS GUEDES, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ; ANA PAULA RIBEIRO MEDEIROS, SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE DO PARÁ; EMILLY DE JESUS FRANCO SILVA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ; SIMONE DE MIRANDA RODRIGUES, CPATU; OSMAR ALVES LAMEIRA, CPATU.
Format: Artigo de periódico biblioteca
Language:Portugues
pt_BR
Published: 2023-11-01
Subjects:Aeollanthus suaveolens, Irradiância, Crescimento lento, Proteção de recursos genéticos, Catinga-de-mulata, Planta Medicinal,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1157690
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