Sistemas agroflorestais como estratégia de ação coletiva em uma comunidade quilombola da Amazônia oriental paraense.

O objetivo deste artigo é analisar a relação entre ação coletiva e sistemas agroflorestais (SAFs) para a ocupação produtiva da terra. A pesquisa foi realizada na comunidade São Manoel no Território quilombola Jambuaçu, Moju, Amazônia paraense. A metodologia constou de entrevistas semiestruturadas e de observações com todos os 15 agricultores que possuem SAFs. Os principais resultados mostram que os SAFs foram implantados com a ação coletiva em mutirão na floresta secundária. Um diferencial importante foi a escolha de árvores de interesse que permanecerão na área para o sombreamento das mudas de frutíferas perenes (cacau e cupuaçu). A experiência iniciou com apenas 04 agricultores em 2015 e já contava com 15 em 2019. As explicações para implantar SAFs são: i) a melhoria econômica pela diversificação de produtos fora da época de colheita do açaí nativo, principal fonte de renda da comunidade; ii) a consolidação de plantios para herança dos descendentes; e iii) o desejo de mudança da estratégia de produção agrícola tradicional por meio de uma conservação produtiva. A conclusão geral é que a ação coletiva para suprir o volume de trabalho e o permanente clima de incentivo foram fundamentais para a existência dos SAFs individuais.

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Bibliographic Details
Main Authors: ANDREATA, H. K., MOTA, D. M. da
Other Authors: HELTON KANIA ANDREATA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ; DALVA MARIA DA MOTA, CPATU.
Format: Artigo de periódico biblioteca
Language:Portugues
pt_BR
Published: 2022-11-18
Subjects:Povos tradicionais, Conservação produtiva, Mutirão, Jambuaçu, Comunidade quilombola, Agrossilvicultura,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1148427
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