Doses e épocas de primeira e segunda dessecação de Urochloa brizantha cv. marandu com glyphosate e amônio-glufosinato após pastejo simulado.

O capim-marandu possui resistência à cigarrinha-das-pastagens e grande produção de massa de matéria seca, sendo uma alternativa para o sistema integração lavoura-pecuária. Para que não ocorram atrasos na semeadura da soja em sucessão, verifica-se a necessidade de se identificar doses e épocas de primeira e segunda dessecação após o pastejo de animais na entressafra das culturas. Assim, objetivou-se estudar doses e épocas de primeira e segunda dessecação de Urochloa brizantha cv. Marandu após pastejo simulado. Foram instalados dois ensaios com diferentes doses de herbicidas em casa-de-vegetação com delineamento em blocos casualizados e três blocos. Os tratamentos combinaram duas épocas de primeira dessecação (20 dias e 10 dias antes da data estabelecida como sendo de semeadura da soja ? DAS) com quatro épocas de segunda dessecação (0 DAS, 3 DAS, 5 DAS e 7 DAS), além de aplicações isoladas dos herbicidas para cada época e uma testemunha sem herbicidas, totalizando 15 tratamentos. Para simular uma área pastejada, as plantas foram cortadas a 15 cm do solo uma semana antes da aplicação aos 20 DAS. A primeira dessecação foi realizada com glyphosate (1625 g e 975 g e.a. ha-1), enquanto a segunda dessecação foi feita com amônio-glufosinato (600 g e 400 g i.a. ha-1), sendo a primeira dose de cada herbicida para o primeiro ensaio e a segunda dose para o segundo. As aplicações foram realizadas com pulverizador costal pressurizado a CO2, equipado com pontas XR 110.02 e volume de aplicação de 200 L ha-1. Avaliou-se a porcentagem de controle aos 7 e 21 dias após a última aplicação (DAA) com escala visual de 0 % a 100%. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p<0,05). Aos 7 DAA (ou época de emergência simulada da soja), as médias de porcentagem de controle com as aplicações isoladas de amônio-glufosinato foram iguais ou inferiores a 69% no primeiro ensaio e iguais ou menores do que 48% no segundo. Nessa avaliação, não houve necessidade da segunda aplicação no primeiro ensaio, embora no segundo tenha sido necessária de 7 a 0 DAS. Aos 21 DAA, não houve diferença entre os tratamentos no ensaio 1, mas houve menor controle com as aplicações isoladas de glyphosate no segundo ensaio. Assim, concluiu-se que em áreas pastejadas deve-se aplicar amônio-glufosinato apenas com a menor dose de glyphosate (20 DAS e 10 DAS), podendo ser realizada de 7 DAS a 0 DAS. A aplicação isolada de 1625 g e.a. ha-1 de glyphosate aos 20 DAS e 10 DAS controla o capim-marandu.

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Bibliographic Details
Main Authors: SILVA, A. de J., IKEDA, F. S., CAVALIERI, S. D., OLIVEIRA, D. S., OLIVEIRA, L. R. de, WOIAND, H. M. G., SILVA, C. C. da
Other Authors: ALEIXA DE JESUS SILVA, UFMT, Sinop-MT
Format: Parte de livro biblioteca
Language:pt_BR
pt_BR
Published: 2020-01-31
Subjects:Capim marandu, Mato Grosso, Sinop, Capim Urochloa, Pastejo,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1119709
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