Pré-melhoramento da castanheira-do-brasil no Mato Grosso: diversidade genética, sistema de cruzamento e fluxo gênico.

A estrutura genética de uma espécie é definida pela distribuição da sua variabilidade genética, entre e dentro de populações, resultante da organização entre mutação, migração, seleção e deriva genética (Wadt, 2001). O modo de reprodução, sistema de acasalamento, tamanho da população, distribuição geográfica e fluxo gênico são fatores que definem esta distribuição da variabilidade genética em populações naturais (Hamrick, 1983). Espécies arbóreas da floresta tropical apresentam alta proporção de locos polimórficos e elevados níveis de diversidade genética dentro de espécies. De maneira geral, a maior parte da variação genética é mantida dentro de populações e não entre elas (Hamrick, 1994). Entender esta diversidade em espécies importantes economicamente, como à castanha-do-brasil em sua atividade extrativista é de fundamental importância, pois a exploração desordenada pode reduzir a variabilidade genética de suas populações, extinguindo-as em curto prazo. Devido a isso, os níveis de variabilidade genética foram incluídos pela IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza) como parâmetros populacionais importantes a serem utilizados na classificação de espécies ameaçadas (Caballero et al., 2010) que é o caso da castanheira-do-brasil. Compreender o sistema de cruzamento de uma espécie está relacionado com a composição e a estrutura genética de suas populações (Luna et al., 2005). O sistema de cruzamento representa a maneira como indivíduos, populações ou espécies recombinam sua variabilidade genética a cada geração, a fim de formar sua descendência, conhecimento importante para a manipulação de populações em programas de conservação e melhoramento genético (Sebbenn, 2005). Há três classificações para o sistema de cruzamento em Angiospermas: o sistema autógamo (plantas em que ocorre a autofecundação), o sistema alógamo (quando ocorre à fertilização cruzada) e sistemas mistos (quando ocorre a autofecundação e a fertilização cruzada) (Karasawa, 2009). A castanheira-do-brasil é classificada como uma espécie alógama e suas estruturas florais atuam para impossibilitar a autofecundação, além de limitar o grupo de animais capazes de atingir o pólen (Cavalcante, 2008; Maués, 2002; O?Malley et al., 1988).

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Bibliographic Details
Main Authors: BALDONI, A. B., TONINI, H., HOOGERHEIDE, E. S. S.
Other Authors: AISY BOTEGA BALDONI TARDIN, CPAMT
Format: Parte de livro biblioteca
Language:pt_BR
pt_BR
Published: 2019-01-15
Subjects:Pre-melhoramento, Castanha-do-brasil, Fluxo genico, Mato Grosso, Itauba-MT, Alta Foresta-MT, Cotriguacu-MT, Juina-MT, Melhoramento Vegetal, Castanha do Para, Variação Genética, Cruzamento Vegetal,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1104092
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