Incidência, variabilidade molecular de vírus e cultivo in vitro de meristemas de videiras cultivadas no Submédio do Vale do São Francisco.

A videira é cultivada em vários países, sendo as bagas o produto principal com diversos usos, como uvas frescas, sucos e vinhos. A vitivinicultura é uma atividade econômica importante no Brasil, destacando-se o polo Petrolina, PE/Juazeiro, BA no Submédio do Vale do São Francisco (SVSF), como a principal região produtora de uvas finas de mesa do país. A multiplicação de mudas de videira é feita principalmente por propagação vegetativa, facilitando a difusão de patógenos, sendo uma das principais fontes de disseminação dos vírus. No presente estudo, objetivou-se avaliar a incidência dos vírus Grapevine virus A (GVA), Grapevine leafroll-associated virus 1 (GLRaV-l), Grapevine leafroll-associated virus 3 (GLRV-3), Grapevine fanleaf virus (GFLV), e Grapevine fleck virus (GFkV), através da detecção por Double Antibody Sandwich ELISA (DAS-ELISA), em parreirais do SVSF, em seis municípios, localizados nos estados da Bahia e Pernambuco, como também analisar a capacidade regenerativa e desenvolvimento in vitro de 13 diferentes clones tropicais de videira obtidos pelo cultivo de meristemas apicais e de gemas axilares, e por fIm, analisar a variabilidade dos fragmentos do gene da capa proteica (CP) do vírus do enrolamento da folha de cultivares de videiras tropicais do Vale do São Francisco. Das 490 amostras avaliadas, 320 são cultivares para mesa com e sem sementes, 94 para vinho e 76 de porta-enxertos. Infecções causadas por vírus foram detectadas em 79,4% das amostras. O GLRaV-3 foi o vírus mais disseminado, seguido por GVA, GFkV, GLRaV-1 e GFLV, respectivamente . Infecção mista foi detectada em 153 amostras. Cultivares para vinho, uvas finas de mesa e porta-enxertos apresentaram porcentagem total de infecção de 93,2%, 52,6% e 31,9%, respectivamente. Para a capacidade regenerativa e desenvolvimento in vitro, foram analisadas a porcentagem de regeneração, altura, e os números de gemas, raízes e folhas produzidas, bem como o comprimento dos segmentos internodais, aos 30, 60 e 90 dias de cultivo em meio de cultura 'MS' e 'Galzy', respectivamente. Das 13 cultivares testadas, quatro foram regeneradas com porcentagem variando entre 7% e 47%. A ocorrência de diferenças significativas entre as cultivares revelaram respostas distintas ao longo do tempo. 'Cabernet Sauvignon' apresentou a melhor resposta de regeneração de plantas partindo de meristema apical e de gemas axilares. 'IAC-572' destacou-se com as maiores médias de altura e números de gemas e de folhas aos 30, 60 e 90. Para determinar a variabilidade do gene da CP, amostras de 28 cultivares de videiras do BAG da Embrapa Semiárido com presença e ausência dos sintomas da doença foram analisadas por Transcriptase Reversa e Reação em Cadeia da Polimerase (RT-PCR). De todas as amostras para GLRaV -1, -2 e -3, zero, 10 e 19 apresentaram infecção, respectivamente, sendo que oito apresentaram infecção mista. Observou-se alta e baixa identidade entre os isolados obtidos com isolados brasileiros e estrangeiros para ambos os vírus, encontrando-se divergência genética do gene da CP em alguns isolados. 13 isolados não apresentaram homologia significativa com outros isolados do presente estudo e disponíveis no GENBANK, para GLRaV-3.

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Bibliographic Details
Main Author: RIBEIRO, H. L. C.
Other Authors: HUGO LEONARDO COELHO RIBEIRO.
Format: Teses biblioteca
Language:pt_BR
pt_BR
Published: 2017-04-20
Subjects:Disseminação, Cultivo in vitro, Vale do São Francisco, Variabilidade molecular, Vinicultura, Uva, Meristema, Vírus, Vitis Vinifera, Grapes,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1068855
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