Adubação nitrogenada e inoculação com Azospirillum brasilense em algodoeiro.

De modo geral, no Brasil, o aproveitamento dos fertilizantes nitrogenados pelas plantas é relativamente baixo, chegando, em muitos casos, a menos que 50%. Nesse contexto, várias pesquisas têm apresentado como fonte alternativa para a economia de fertilizantes nitrogenados, a fixação biológica de nitrogênio (FBN), que pode suplementar ou até mesmo substituir a adubação nitrogenada, e o uso de bactérias promotoras do crescimento de plantas (BPCP), que atuam por meio de vários mecanismos, inclusive a FBN. O uso de BPCP em culturas de não leguminosas como milho, trigo e algumas pastagens é promissor. O objetivo deste estudo foi avaliar se a inoculação de sementes de algodão (nome científico) com Azospirillum brasilense melhora o efeito da adubação nitrogenada em cobertura.O experimento foi instalado em Santa Helena de Goiás, Goiás, Brasil. O algodoeiro foi semeado em dezembro de 2012 em sistema de semeadura direta, sob palhada de Brachiaria (=Urochloa) ruziziensis, utilizando sementes da cultivar BRS 370 RF, objetivando população de 110.000 plantas por hectare. O delineamento experimental foi de blocos casualizados com 4 repetiçoes com os tratamentos distribuídos em esquema fatorial 2x4, sendo dois tratamentos de semente: com e sem inoculação de A. brasilense estirpes Ab-V5 + Ab-V6 e quatro doses de nitrogênio (N) (0, 90, 180 e 270 kg ha-1 fornecido como uréia) aplicadas em cobertura. As doses de N foram aplicadas no algodoeiro, parceladas em duas coberturas até o início do florescimento. Na adubação de semeadura, todas as parcelas receberam o equivalente a 20 kg ha-1 de N. A inoculação foi realizada com inoculante turfos, na dose de 100 g por 25 kg de semente. As variáveis avaliadas foram: altura final de plantas; número de capulhos por planta (NCP); produtividade de algodão em caroço. Os resultados obtidos foram analisados estatisticamente por meio da análise de variância (teste F; Pr<0,01), análise de regressão para doses de N. A interação entre os fatores dose e tratamento de sementes não foi significativa. A inoculação com A. brasiliense não resultou em diferença nas variáveis estudadas. Já as doses de N influenciaram a altura de plantas, o NCP e a produtividade de algodão. O aumento da dose de N incrementou linearmente a altura de plantas eo NCP. A produtividade de algodão em caroço apresentou comportamento quadrático em função de doses de N, sendo a produtividade física máxima atingida com a dose estimada de 217 kg ha-1.Pode-se concluir que o algodoeiro semeado em sistema de semeadura direta, sob palhada de B. ruziziensis responde positivamente ao aumento da adubação nitrogenada de cobertura.

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Bibliographic Details
Main Authors: BORIN, A. L. D. C., FERREIRA, A. C. de B., HUNGRIA, M., MORAES, M. C. G.
Other Authors: ANA LUIZA DIAS COELHO BORIN, CNPA; ALEXANDRE CUNHA DE BARCELLOS FERREIRA, CNPA; MARIANGELA HUNGRIA DA CUNHA, CNPSO; UFG.
Format: Separatas biblioteca
Language:pt_BR
por
Published: 2015-07-24
Subjects:FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO, GOSSYPIUM HIRSUTUM Lr LATIFOLIUM., Nitrogênio.,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1020402
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