Influência dos sintomas pré-procedimento na evolução hospitalar e tardia das angioplastias carotídeas com implante de stent e sistemas de proteção cerebral
INTRODUÇÃO: A doença carotídea aterosclerótica (DCA) é responsável por 40% dos acidentes vasculares cerebrais (AVC). Apesar de a intervenção carotídea percutânea (ICP) ser uma alternativa à endarterectomia, ainda há poucos dados disponíveis comparando a ICP em pacientes assintomáticos (PAS) versus sintomáticos (PS). O objetivo desta análise foi avaliar essa questão em um grupo consecutivo de pacientes. MÉTODO: Foram realizadas 262 ICP em 230 pacientes consecutivos, 61 (26,5%) PAS versus 169 (73,5%) PS. A angiografia carotídea quantitativa (ACQ) foi realizada pré e pós-procedimento e o seguimento clínico, na fase hospitalar e aos 6 e 12 meses. RESULTADOS: As características demográficas foram similares entre os dois grupos, sendo 31% diabéticos. Obtivemos sucesso primário em 100% dos casos, com ausência de complicações maiores em ambos os grupos. Na análise com ACQ, o diâmetro de estenose foi maior no grupo PAS (83,4 ± 7,6% vs. 74,9 ± 12,5%; p < 0,01), mas o grupo PS apresentou lesões mais longas (18,3 ± 5,7% vs. 21,7 ± 7,4%; p < 0,01). Aos 30 dias, não houve diferença na incidência de AVC maior (1,8 vs. 2,0%; p = 0,45) ou menor (0 vs. 1,4%; p = 0,19) entre os grupos PAS e PS, respectivamente. Entre 1-12 meses, não houve casos de AVC adicionais em ambos os grupos. Constatou-se somente um caso tardio de revascularização da lesão-alvo no grupo PS e nenhuma morte de causa neurológica foi observada tanto no grupo PAS como no grupo PS. CONCLUSÃO: A ICP é uma técnica segura e eficaz, com baixa incidência de complicações aos 30 dias e 12 meses. A incidência de óbito, AVC e revascularização da lesão-alvo foi similar entre os dois grupos.
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Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI
2008
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oai:scielo:S2179-839720080002000162012-08-14Influência dos sintomas pré-procedimento na evolução hospitalar e tardia das angioplastias carotídeas com implante de stent e sistemas de proteção cerebralEsteva,Andrés Gustavo SánchezKambara,Antonio M.Moreira,Samuel M.Mendes,AlaorChaves,Áurea J.Cano,Manuel N.Staico,RodolfoMattos,Luiz A.Abizaid,AlexandreFeres,FaustoSousa,Amanda G. M. R.Sousa,J. Eduardo M. R. Angioplastia Aterosclerose Contenedores Doenças das artérias carótidas INTRODUÇÃO: A doença carotídea aterosclerótica (DCA) é responsável por 40% dos acidentes vasculares cerebrais (AVC). Apesar de a intervenção carotídea percutânea (ICP) ser uma alternativa à endarterectomia, ainda há poucos dados disponíveis comparando a ICP em pacientes assintomáticos (PAS) versus sintomáticos (PS). O objetivo desta análise foi avaliar essa questão em um grupo consecutivo de pacientes. MÉTODO: Foram realizadas 262 ICP em 230 pacientes consecutivos, 61 (26,5%) PAS versus 169 (73,5%) PS. A angiografia carotídea quantitativa (ACQ) foi realizada pré e pós-procedimento e o seguimento clínico, na fase hospitalar e aos 6 e 12 meses. RESULTADOS: As características demográficas foram similares entre os dois grupos, sendo 31% diabéticos. Obtivemos sucesso primário em 100% dos casos, com ausência de complicações maiores em ambos os grupos. Na análise com ACQ, o diâmetro de estenose foi maior no grupo PAS (83,4 ± 7,6% vs. 74,9 ± 12,5%; p < 0,01), mas o grupo PS apresentou lesões mais longas (18,3 ± 5,7% vs. 21,7 ± 7,4%; p < 0,01). Aos 30 dias, não houve diferença na incidência de AVC maior (1,8 vs. 2,0%; p = 0,45) ou menor (0 vs. 1,4%; p = 0,19) entre os grupos PAS e PS, respectivamente. Entre 1-12 meses, não houve casos de AVC adicionais em ambos os grupos. Constatou-se somente um caso tardio de revascularização da lesão-alvo no grupo PS e nenhuma morte de causa neurológica foi observada tanto no grupo PAS como no grupo PS. CONCLUSÃO: A ICP é uma técnica segura e eficaz, com baixa incidência de complicações aos 30 dias e 12 meses. A incidência de óbito, AVC e revascularização da lesão-alvo foi similar entre os dois grupos.info:eu-repo/semantics/openAccessSociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCIRevista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.16 n.2 20082008-01-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972008000200016pt10.1590/S2179-83972008000200016 |
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