Prevalência de lesão e fatores associados em corredores de rua da cidade de Juiz de Fora (MG)

RESUMO No Brasil, a corrida de rua é o segundo esporte mais praticado; entretanto, pode ocasionar lesões musculoesqueléticas. Estudos sobre o tema são importantes para nortear estratégias de prevenção e intervenção. Assim, o objetivo foi investigar a prevalência de lesões e os fatores associados em corredores de rua da cidade de Juiz de Fora(MG). Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal. A amostra foi selecionada por conveniência. Foram incluídos corredores amadores, entre 18 e 60 anos e que realizavam treinos em diferentes locais da cidade. Foram excluídos participantes com histórico de fratura e osteossíntese em membros inferiores ou que praticassem outro esporte que não fosse a musculação. Para analisar os dados, foram utilizados os testes t de Student, Mann-Whitney e X2 (α=0,05). Os participantes foram alocados em grupo lesão (GL, n=37) e grupo sem lesão (GSL, n=113). A prevalência de lesão foi de 24,7%. O GL praticava a corrida há mais tempo (76,2 ± 9,1 × 36,7 ± 39,0 meses; P<.01), teve menor aumento da frequência semanal do treinamento (49,5% × 54,2%; P=.04), realizou menos alongamento prévio (48,6% × 75,2%; P=.02), apresentou maior percentual de análise da marcha para escolha do calçado (62,1% × 43,3%; P=.04) e uso de palmilha (35,1% X 14,1%; P=<.01). A prevalência de lesões foi baixa. Os que correm há mais tempo têm maior risco de lesão mesmo sem incremento na frequência semanal. O alongamento foi protetor e a prescrição de calçado e palmilha indiscriminados não garantiram resultados satisfatórios.

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Bibliographic Details
Main Authors: Roth,Arlete dos Reis, Borel,Wyngrid Porfírio, Rossi,Bárbara Palmeira, Elias Filho,José, Vicente,Eduardo José Danza, Felicio,Diogo Carvalho
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2018
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-29502018000300278
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Summary:RESUMO No Brasil, a corrida de rua é o segundo esporte mais praticado; entretanto, pode ocasionar lesões musculoesqueléticas. Estudos sobre o tema são importantes para nortear estratégias de prevenção e intervenção. Assim, o objetivo foi investigar a prevalência de lesões e os fatores associados em corredores de rua da cidade de Juiz de Fora(MG). Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal. A amostra foi selecionada por conveniência. Foram incluídos corredores amadores, entre 18 e 60 anos e que realizavam treinos em diferentes locais da cidade. Foram excluídos participantes com histórico de fratura e osteossíntese em membros inferiores ou que praticassem outro esporte que não fosse a musculação. Para analisar os dados, foram utilizados os testes t de Student, Mann-Whitney e X2 (α=0,05). Os participantes foram alocados em grupo lesão (GL, n=37) e grupo sem lesão (GSL, n=113). A prevalência de lesão foi de 24,7%. O GL praticava a corrida há mais tempo (76,2 ± 9,1 × 36,7 ± 39,0 meses; P<.01), teve menor aumento da frequência semanal do treinamento (49,5% × 54,2%; P=.04), realizou menos alongamento prévio (48,6% × 75,2%; P=.02), apresentou maior percentual de análise da marcha para escolha do calçado (62,1% × 43,3%; P=.04) e uso de palmilha (35,1% X 14,1%; P=<.01). A prevalência de lesões foi baixa. Os que correm há mais tempo têm maior risco de lesão mesmo sem incremento na frequência semanal. O alongamento foi protetor e a prescrição de calçado e palmilha indiscriminados não garantiram resultados satisfatórios.