Determinação de cistatina C como marcador de função renal

INTRODUÇÃO: A cistatina C sérica tem sido apontada como um marcador de filtração glomerular. OBJETIVO: Realizar a validação de um método específico e automatizado, a imunonefelometria, mensurando os níveis séricos de cistatina C por meio do nefelômetro da empresa Behring (BN II) e correlacionar resultados obtidos entre pacientes transplantados. O ensaio perfaz o intervalo de referência de 0,23-7,25 mg/l. A imprecisão intra e interensaio foi de 8,73% e 5,38%, respectivamente. A recuperação analítica da cistatina C após adição de controle foi entre 86,7 % e 98% (média 92,3%). A estabilidade da cistatina C à temperatura ambiente, sob refrigeração e sob congelamento foi testada. A perda mais significativa foi encontrada nas amostras armazenadas à temperatura ambiente, em que foram perdidos até 10% da concentração inicial. Foi encontrado coeficiente de variação de 14,79% para sensibilidade analítica. Durante todo o processo foram comparados os resultados com o controle de qualidade e obtivemos bons resultados. Depois desses testes, nós comparamos as correlações em três grupos de pacientes transplantados renais sob diferentes esquemas de imunossupressão (n = 197) - azatioprina (n = 36), micofenolato mofetil (n = 131) e sirolimus (n = 30) - entre as equações de estimativa de filtração glomerular (Cockroft Gault, Nankivell e Modification of Diet in Renal Disease) e cistatina C sérica ou creatinina sérica. CONCLUSÃO: O ensaio nefelométrico cistatina C pode perfeitamente ser adequado à nossa rotina laboratorial e as correlações entre creatinina sérica e as diferentes equações de estimativa de filtração glomerular são melhores do que quando comparamos as mesmas à cistatina C nos três grupos, independentemente da terapia imunossupressora utilizada.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: Neri,Letícia Aparecida Lopes, Mendes,Maria Elizabeth, David-Neto,Elias, Sumita,Nairo Massakasu, Medeiros,Flávia Silva
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Patologia Clínica 2010
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442010000600004
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
id oai:scielo:S1676-24442010000600004
record_format ojs
spelling oai:scielo:S1676-244420100006000042011-01-05Determinação de cistatina C como marcador de função renalNeri,Letícia Aparecida LopesMendes,Maria ElizabethDavid-Neto,EliasSumita,Nairo MassakasuMedeiros,Flávia Silva Cistatina Nefelometria Função renal Transplante Imunossupressores INTRODUÇÃO: A cistatina C sérica tem sido apontada como um marcador de filtração glomerular. OBJETIVO: Realizar a validação de um método específico e automatizado, a imunonefelometria, mensurando os níveis séricos de cistatina C por meio do nefelômetro da empresa Behring (BN II) e correlacionar resultados obtidos entre pacientes transplantados. O ensaio perfaz o intervalo de referência de 0,23-7,25 mg/l. A imprecisão intra e interensaio foi de 8,73% e 5,38%, respectivamente. A recuperação analítica da cistatina C após adição de controle foi entre 86,7 % e 98% (média 92,3%). A estabilidade da cistatina C à temperatura ambiente, sob refrigeração e sob congelamento foi testada. A perda mais significativa foi encontrada nas amostras armazenadas à temperatura ambiente, em que foram perdidos até 10% da concentração inicial. Foi encontrado coeficiente de variação de 14,79% para sensibilidade analítica. Durante todo o processo foram comparados os resultados com o controle de qualidade e obtivemos bons resultados. Depois desses testes, nós comparamos as correlações em três grupos de pacientes transplantados renais sob diferentes esquemas de imunossupressão (n = 197) - azatioprina (n = 36), micofenolato mofetil (n = 131) e sirolimus (n = 30) - entre as equações de estimativa de filtração glomerular (Cockroft Gault, Nankivell e Modification of Diet in Renal Disease) e cistatina C sérica ou creatinina sérica. CONCLUSÃO: O ensaio nefelométrico cistatina C pode perfeitamente ser adequado à nossa rotina laboratorial e as correlações entre creatinina sérica e as diferentes equações de estimativa de filtração glomerular são melhores do que quando comparamos as mesmas à cistatina C nos três grupos, independentemente da terapia imunossupressora utilizada.info:eu-repo/semantics/openAccessSociedade Brasileira de Patologia Clínica Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial v.46 n.6 20102010-12-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442010000600004pt10.1590/S1676-24442010000600004
institution SCIELO
collection OJS
country Brasil
countrycode BR
component Revista
access En linea
databasecode rev-scielo-br
tag revista
region America del Sur
libraryname SciELO
language Portuguese
format Digital
author Neri,Letícia Aparecida Lopes
Mendes,Maria Elizabeth
David-Neto,Elias
Sumita,Nairo Massakasu
Medeiros,Flávia Silva
spellingShingle Neri,Letícia Aparecida Lopes
Mendes,Maria Elizabeth
David-Neto,Elias
Sumita,Nairo Massakasu
Medeiros,Flávia Silva
Determinação de cistatina C como marcador de função renal
author_facet Neri,Letícia Aparecida Lopes
Mendes,Maria Elizabeth
David-Neto,Elias
Sumita,Nairo Massakasu
Medeiros,Flávia Silva
author_sort Neri,Letícia Aparecida Lopes
title Determinação de cistatina C como marcador de função renal
title_short Determinação de cistatina C como marcador de função renal
title_full Determinação de cistatina C como marcador de função renal
title_fullStr Determinação de cistatina C como marcador de função renal
title_full_unstemmed Determinação de cistatina C como marcador de função renal
title_sort determinação de cistatina c como marcador de função renal
description INTRODUÇÃO: A cistatina C sérica tem sido apontada como um marcador de filtração glomerular. OBJETIVO: Realizar a validação de um método específico e automatizado, a imunonefelometria, mensurando os níveis séricos de cistatina C por meio do nefelômetro da empresa Behring (BN II) e correlacionar resultados obtidos entre pacientes transplantados. O ensaio perfaz o intervalo de referência de 0,23-7,25 mg/l. A imprecisão intra e interensaio foi de 8,73% e 5,38%, respectivamente. A recuperação analítica da cistatina C após adição de controle foi entre 86,7 % e 98% (média 92,3%). A estabilidade da cistatina C à temperatura ambiente, sob refrigeração e sob congelamento foi testada. A perda mais significativa foi encontrada nas amostras armazenadas à temperatura ambiente, em que foram perdidos até 10% da concentração inicial. Foi encontrado coeficiente de variação de 14,79% para sensibilidade analítica. Durante todo o processo foram comparados os resultados com o controle de qualidade e obtivemos bons resultados. Depois desses testes, nós comparamos as correlações em três grupos de pacientes transplantados renais sob diferentes esquemas de imunossupressão (n = 197) - azatioprina (n = 36), micofenolato mofetil (n = 131) e sirolimus (n = 30) - entre as equações de estimativa de filtração glomerular (Cockroft Gault, Nankivell e Modification of Diet in Renal Disease) e cistatina C sérica ou creatinina sérica. CONCLUSÃO: O ensaio nefelométrico cistatina C pode perfeitamente ser adequado à nossa rotina laboratorial e as correlações entre creatinina sérica e as diferentes equações de estimativa de filtração glomerular são melhores do que quando comparamos as mesmas à cistatina C nos três grupos, independentemente da terapia imunossupressora utilizada.
publisher Sociedade Brasileira de Patologia Clínica
publishDate 2010
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442010000600004
work_keys_str_mv AT nerileticiaaparecidalopes determinacaodecistatinaccomomarcadordefuncaorenal
AT mendesmariaelizabeth determinacaodecistatinaccomomarcadordefuncaorenal
AT davidnetoelias determinacaodecistatinaccomomarcadordefuncaorenal
AT sumitanairomassakasu determinacaodecistatinaccomomarcadordefuncaorenal
AT medeirosflaviasilva determinacaodecistatinaccomomarcadordefuncaorenal
_version_ 1756427469731135488