Influência do nível de atividade física sobre a aptidão cardiorrespiratória em mulheres idosas
Com o avanço da idade ocorre diminuição das atividades cotidianas e redução da funcionalidade, em que a aptidão cardiorrespiratória pode ser considerada um dos componentes mais afetados. O objetivo deste estudo foi examinar a associação entre o nível de atividade física e a aptidão cardiorrespiratória em mulheres idosas. Foram avaliadas 960 mulheres com idade superior a 60 anos, não institucionalizadas, divididas em cinco faixas etárias: F1 (60-64 anos; n = 286), F2 (65-69 anos; n = 295), F3 (70-74 anos; n = 207), F4 (75-79 anos; n = 120) e F5 (> 80 anos; n = 52). O nível de atividade física foi determinado a partir do questionário Modified Baecke Questionnaire for Older Adults, constituído pelas atividades domésticas, esportivas e recreativas, em que o nível de atividade física total foi classificado pela soma desses três componentes. A aptidão cardiorrespiratória foi mensurada com o teste de caminhada de seis minutos. A aptidão cardiorrespiratória declinou em média 24,5% e o nível de atividade física, 18,0%, neste estudo. Ao examinar as influências dos tercis do nível de atividade física em relação à aptidão cardiorrespiratória, a análise de variância demonstrou que o tercil superior do nível de atividade física total foi o que apresentou menor declínio na aptidão cardiorrespiratória, de 16,7%. Entretanto, a categoria esportiva do nível de atividade física demonstrou valores diferenciados na redução da aptidão cardiorrespiratória, em que o subgrupo não-praticante de exercícios físicos apresentou o maior declínio, de 18,6%, enquanto que o subgrupo praticante moderado declinou 16,3%, revelando a influência positiva da prática de exercícios físicos moderados sobre a aptidão cardiorrespiratória (p < 0,05). Maior atividade física e, principalmente, a maior atividade física esportiva podem atenuar o declínio da aptidão cardiorrespiratória em idosas, pois as mulheres praticantes de exercícios físicos moderados apresentaram menor redução dessa aptidão. Aconselham-se iniciativas para o aumento das atividades físicas, especialmente de exercícios físicos regulares, para a atenuação do declínio da aptidão cardiorrespiratória, conseqüentemente auxiliando a manutenção da vida independente.
Main Authors: | , , , , |
---|---|
Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte
2007
|
Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922007000200006 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
id |
oai:scielo:S1517-86922007000200006 |
---|---|
record_format |
ojs |
spelling |
oai:scielo:S1517-869220070002000062008-01-14Influência do nível de atividade física sobre a aptidão cardiorrespiratória em mulheres idosasKrause,Maressa PriscilaBuzzachera,Cosme FranklinHallage,TatianaPulner,Silviane BiniSilva,Sergio Gregorio da Envelhecimento Atividade física Exercício Com o avanço da idade ocorre diminuição das atividades cotidianas e redução da funcionalidade, em que a aptidão cardiorrespiratória pode ser considerada um dos componentes mais afetados. O objetivo deste estudo foi examinar a associação entre o nível de atividade física e a aptidão cardiorrespiratória em mulheres idosas. Foram avaliadas 960 mulheres com idade superior a 60 anos, não institucionalizadas, divididas em cinco faixas etárias: F1 (60-64 anos; n = 286), F2 (65-69 anos; n = 295), F3 (70-74 anos; n = 207), F4 (75-79 anos; n = 120) e F5 (> 80 anos; n = 52). O nível de atividade física foi determinado a partir do questionário Modified Baecke Questionnaire for Older Adults, constituído pelas atividades domésticas, esportivas e recreativas, em que o nível de atividade física total foi classificado pela soma desses três componentes. A aptidão cardiorrespiratória foi mensurada com o teste de caminhada de seis minutos. A aptidão cardiorrespiratória declinou em média 24,5% e o nível de atividade física, 18,0%, neste estudo. Ao examinar as influências dos tercis do nível de atividade física em relação à aptidão cardiorrespiratória, a análise de variância demonstrou que o tercil superior do nível de atividade física total foi o que apresentou menor declínio na aptidão cardiorrespiratória, de 16,7%. Entretanto, a categoria esportiva do nível de atividade física demonstrou valores diferenciados na redução da aptidão cardiorrespiratória, em que o subgrupo não-praticante de exercícios físicos apresentou o maior declínio, de 18,6%, enquanto que o subgrupo praticante moderado declinou 16,3%, revelando a influência positiva da prática de exercícios físicos moderados sobre a aptidão cardiorrespiratória (p < 0,05). Maior atividade física e, principalmente, a maior atividade física esportiva podem atenuar o declínio da aptidão cardiorrespiratória em idosas, pois as mulheres praticantes de exercícios físicos moderados apresentaram menor redução dessa aptidão. Aconselham-se iniciativas para o aumento das atividades físicas, especialmente de exercícios físicos regulares, para a atenuação do declínio da aptidão cardiorrespiratória, conseqüentemente auxiliando a manutenção da vida independente.info:eu-repo/semantics/openAccessSociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do EsporteRevista Brasileira de Medicina do Esporte v.13 n.2 20072007-04-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922007000200006pt10.1590/S1517-86922007000200006 |
institution |
SCIELO |
collection |
OJS |
country |
Brasil |
countrycode |
BR |
component |
Revista |
access |
En linea |
databasecode |
rev-scielo-br |
tag |
revista |
region |
America del Sur |
libraryname |
SciELO |
language |
Portuguese |
format |
Digital |
author |
Krause,Maressa Priscila Buzzachera,Cosme Franklin Hallage,Tatiana Pulner,Silviane Bini Silva,Sergio Gregorio da |
spellingShingle |
Krause,Maressa Priscila Buzzachera,Cosme Franklin Hallage,Tatiana Pulner,Silviane Bini Silva,Sergio Gregorio da Influência do nível de atividade física sobre a aptidão cardiorrespiratória em mulheres idosas |
author_facet |
Krause,Maressa Priscila Buzzachera,Cosme Franklin Hallage,Tatiana Pulner,Silviane Bini Silva,Sergio Gregorio da |
author_sort |
Krause,Maressa Priscila |
title |
Influência do nível de atividade física sobre a aptidão cardiorrespiratória em mulheres idosas |
title_short |
Influência do nível de atividade física sobre a aptidão cardiorrespiratória em mulheres idosas |
title_full |
Influência do nível de atividade física sobre a aptidão cardiorrespiratória em mulheres idosas |
title_fullStr |
Influência do nível de atividade física sobre a aptidão cardiorrespiratória em mulheres idosas |
title_full_unstemmed |
Influência do nível de atividade física sobre a aptidão cardiorrespiratória em mulheres idosas |
title_sort |
influência do nível de atividade física sobre a aptidão cardiorrespiratória em mulheres idosas |
description |
Com o avanço da idade ocorre diminuição das atividades cotidianas e redução da funcionalidade, em que a aptidão cardiorrespiratória pode ser considerada um dos componentes mais afetados. O objetivo deste estudo foi examinar a associação entre o nível de atividade física e a aptidão cardiorrespiratória em mulheres idosas. Foram avaliadas 960 mulheres com idade superior a 60 anos, não institucionalizadas, divididas em cinco faixas etárias: F1 (60-64 anos; n = 286), F2 (65-69 anos; n = 295), F3 (70-74 anos; n = 207), F4 (75-79 anos; n = 120) e F5 (> 80 anos; n = 52). O nível de atividade física foi determinado a partir do questionário Modified Baecke Questionnaire for Older Adults, constituído pelas atividades domésticas, esportivas e recreativas, em que o nível de atividade física total foi classificado pela soma desses três componentes. A aptidão cardiorrespiratória foi mensurada com o teste de caminhada de seis minutos. A aptidão cardiorrespiratória declinou em média 24,5% e o nível de atividade física, 18,0%, neste estudo. Ao examinar as influências dos tercis do nível de atividade física em relação à aptidão cardiorrespiratória, a análise de variância demonstrou que o tercil superior do nível de atividade física total foi o que apresentou menor declínio na aptidão cardiorrespiratória, de 16,7%. Entretanto, a categoria esportiva do nível de atividade física demonstrou valores diferenciados na redução da aptidão cardiorrespiratória, em que o subgrupo não-praticante de exercícios físicos apresentou o maior declínio, de 18,6%, enquanto que o subgrupo praticante moderado declinou 16,3%, revelando a influência positiva da prática de exercícios físicos moderados sobre a aptidão cardiorrespiratória (p < 0,05). Maior atividade física e, principalmente, a maior atividade física esportiva podem atenuar o declínio da aptidão cardiorrespiratória em idosas, pois as mulheres praticantes de exercícios físicos moderados apresentaram menor redução dessa aptidão. Aconselham-se iniciativas para o aumento das atividades físicas, especialmente de exercícios físicos regulares, para a atenuação do declínio da aptidão cardiorrespiratória, conseqüentemente auxiliando a manutenção da vida independente. |
publisher |
Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte |
publishDate |
2007 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922007000200006 |
work_keys_str_mv |
AT krausemaressapriscila influenciadoniveldeatividadefisicasobreaaptidaocardiorrespiratoriaemmulheresidosas AT buzzacheracosmefranklin influenciadoniveldeatividadefisicasobreaaptidaocardiorrespiratoriaemmulheresidosas AT hallagetatiana influenciadoniveldeatividadefisicasobreaaptidaocardiorrespiratoriaemmulheresidosas AT pulnersilvianebini influenciadoniveldeatividadefisicasobreaaptidaocardiorrespiratoriaemmulheresidosas AT silvasergiogregorioda influenciadoniveldeatividadefisicasobreaaptidaocardiorrespiratoriaemmulheresidosas |
_version_ |
1756425217045954560 |