INFORMALIDADE E SEGMENTAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO NOS ANOS 2000: UMA DECOMPOSIÇÃO QUANTÍLICA DE DIFERENCIAIS DE RENDIMENTOS
RESUMO Este artigo decompõe as mudanças nos diferenciais de rendimentosentre trabalho formal e informalna última década no Brasil, entre efeitos de composição e de segmentação, separadamente por gênero. São utilizados os microdados dos Censos Demográficos de 2000 e 2010, e o método de Machado e Mata (2005) para a decomposição ao longo da distribuição de rendimentos, com correção de seleção amostral. Para mulheres e homens, verificou-se que o efeito de segmentação contribuiu para aumentar a vantagem de rendimentos para o trabalho formal na base da distribuição, enquanto que o efeito de composição contribuiu para reduzir esses diferenciais ao longo de toda a distribuição, sendo, no entanto, maior no topo do que na base da distribuição de rendimentos. Contudo, verificou-se diferenças importantes por gênero quanto ao nível e variação desses componentes no período e ao longo da distribuição. O nível de desigualdade é maior entre as mulheres do que entre os homens, sendo o efeito de segmentação ainda mais grave para o trabalho informal feminino na base da distribuição. Por outro lado, a redução no efeito de composição se mostrou superior entre as mulheres ao longo de toda a distribuição, acarretando em uma queda do diferencial total a partir do 30º quantil maior para o trabalho feminino, ainda que este permaneça inferior para o trabalho masculino.
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Published: |
Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro
2018
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oai:scielo:S1415-984820180002002042018-07-04INFORMALIDADE E SEGMENTAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO NOS ANOS 2000: UMA DECOMPOSIÇÃO QUANTÍLICA DE DIFERENCIAIS DE RENDIMENTOSMaciel,Francieli TonetOliveira,Ana Maria Hermeto C. de informalidade diferenciais de rendimentos decomposição regressão quantílica viés de seleção RESUMO Este artigo decompõe as mudanças nos diferenciais de rendimentosentre trabalho formal e informalna última década no Brasil, entre efeitos de composição e de segmentação, separadamente por gênero. São utilizados os microdados dos Censos Demográficos de 2000 e 2010, e o método de Machado e Mata (2005) para a decomposição ao longo da distribuição de rendimentos, com correção de seleção amostral. Para mulheres e homens, verificou-se que o efeito de segmentação contribuiu para aumentar a vantagem de rendimentos para o trabalho formal na base da distribuição, enquanto que o efeito de composição contribuiu para reduzir esses diferenciais ao longo de toda a distribuição, sendo, no entanto, maior no topo do que na base da distribuição de rendimentos. Contudo, verificou-se diferenças importantes por gênero quanto ao nível e variação desses componentes no período e ao longo da distribuição. O nível de desigualdade é maior entre as mulheres do que entre os homens, sendo o efeito de segmentação ainda mais grave para o trabalho informal feminino na base da distribuição. Por outro lado, a redução no efeito de composição se mostrou superior entre as mulheres ao longo de toda a distribuição, acarretando em uma queda do diferencial total a partir do 30º quantil maior para o trabalho feminino, ainda que este permaneça inferior para o trabalho masculino.info:eu-repo/semantics/openAccessInstituto de Economia da Universidade Federal do Rio de JaneiroRevista de Economia Contemporânea v.22 n.2 20182018-01-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-98482018000200204pt10.1590/198055272223 |
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