Interseções antropológicas na saúde mental: dos regimes de verdade naturalistas à espessura biopsicossociocultural do adoecimento mental

Na psiquiatria contemporânea, um projeto hegemônico transnacional centrado em um discurso naturalista acerca das doenças mentais propaga um regime de verdade ancorado na proposta de explicação da sua fisiopatologia e no domínio do seu tratamento. A despeito da sua difusão, um grupo de estudos demonstra como esse discurso repercute diferentemente em contextos culturais específicos, evidenciando modulações socioantropológicas das bioterapêuticas no estado de saúde concreto das pessoas e dos usos e sentidos atribuídos a diagnósticos. Um segundo grupo analisa construções históricas de doenças mentais, definindo polaridades culturais que valorizam enquanto viciosos ou virtuosos determinados comportamentos. Um terceiro grupo analisa usos de recursos culturais de modo a negociar experiências de alteridade, definindo contextos culturais mais abertos à diferença. Este artigo faz uma revisão dessas três perspectivas, enfatizando interseções entre história, cultura, sociedade e biologia na ancoragem das doenças mentais.

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Main Author: Nunes,Mônica de Oliveira
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: UNESP 2012
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832012000400004
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spelling oai:scielo:S1414-328320120004000042013-01-30Interseções antropológicas na saúde mental: dos regimes de verdade naturalistas à espessura biopsicossociocultural do adoecimento mentalNunes,Mônica de Oliveira Antropologia médica. Doença mental Uso de medicamentos Construção social. Alteridade Na psiquiatria contemporânea, um projeto hegemônico transnacional centrado em um discurso naturalista acerca das doenças mentais propaga um regime de verdade ancorado na proposta de explicação da sua fisiopatologia e no domínio do seu tratamento. A despeito da sua difusão, um grupo de estudos demonstra como esse discurso repercute diferentemente em contextos culturais específicos, evidenciando modulações socioantropológicas das bioterapêuticas no estado de saúde concreto das pessoas e dos usos e sentidos atribuídos a diagnósticos. Um segundo grupo analisa construções históricas de doenças mentais, definindo polaridades culturais que valorizam enquanto viciosos ou virtuosos determinados comportamentos. Um terceiro grupo analisa usos de recursos culturais de modo a negociar experiências de alteridade, definindo contextos culturais mais abertos à diferença. Este artigo faz uma revisão dessas três perspectivas, enfatizando interseções entre história, cultura, sociedade e biologia na ancoragem das doenças mentais.info:eu-repo/semantics/openAccessUNESPInterface - Comunicação, Saúde, Educação v.16 n.43 20122012-12-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832012000400004pt10.1590/S1414-32832012005000045
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