Otimização da Liquefação da Madeira de Pinus pinaster com Poliálcoois
O processo de liquefação de madeira tem vindo a ser estudado ao longo dos anos, vários tipos de madeira e processos de liquefação foram testados. Nos últimos anos, devido à escassez do petróleo, a procura de novas fontes para substituir os produtos derivados do petróleo tem aumentado sendo a madeira um dos substitutos mais viáveis. Os processos de liquefação a baixas pressões e temperaturas apresentam enormes potencialidades. Neste estudo utilizou-se madeira de Pinus pinaster Ait proveniente da região de Águeda. A liquefação da madeira foi realizada num reator de camisa dupla aquecido a óleo utilizando-se etilenoglicol (EG) catalisado por ácido sulfúrico (SA) a 3%. A madeira liquefeita foi dissolvida numa solução de dioxano-água na proporção 4:1 e filtrada, determinando-se o resíduo insolúvel gravimetricamente. Foram testados tempos de liquefação entre os 10 e os 120 min, temperaturas de 160ºC e 180ºC e diferentes rácios de madeira/etilenoglicol, 1-2, 1-3,1-6 e 1-8 de modo a otimizar a percentagem de liquefação. Os resultados mostram que quanto maior a temperatura, maior a percentagem de liquefação. À mesma temperatura a percentagem de liquefação aumenta com o tempo de tratamento segundo uma curva aproximadamente logarítmica até atingir um máximo decrescendo de seguida, possivelmente devido a reações de condensação dos produtos de liquefação. A percentagem de liquefação máxima foi obtida ao fim de 30 min a 180ºC (cerca de 80%) e 60 min a 160ºC (cerca de 70%). Verificou-se que o rácio de madeira/etilenoglicol influenciou a percentagem de liquefação que variou entre 62% e 88% sendo que o rácio que apresentou melhores resultados foi 1:6.
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Unidade de Silvicultura e Produtos Florestais
2013
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oai:scielo:S0870-635220130001000132013-08-09Otimização da Liquefação da Madeira de Pinus pinaster com PoliálcooisMartins,J.Lopes,L. CruzEsteves,B. Madeira liquefeita otimização da percentagem de liquefação poliálcoois Pinus pinaster O processo de liquefação de madeira tem vindo a ser estudado ao longo dos anos, vários tipos de madeira e processos de liquefação foram testados. Nos últimos anos, devido à escassez do petróleo, a procura de novas fontes para substituir os produtos derivados do petróleo tem aumentado sendo a madeira um dos substitutos mais viáveis. Os processos de liquefação a baixas pressões e temperaturas apresentam enormes potencialidades. Neste estudo utilizou-se madeira de Pinus pinaster Ait proveniente da região de Águeda. A liquefação da madeira foi realizada num reator de camisa dupla aquecido a óleo utilizando-se etilenoglicol (EG) catalisado por ácido sulfúrico (SA) a 3%. A madeira liquefeita foi dissolvida numa solução de dioxano-água na proporção 4:1 e filtrada, determinando-se o resíduo insolúvel gravimetricamente. Foram testados tempos de liquefação entre os 10 e os 120 min, temperaturas de 160ºC e 180ºC e diferentes rácios de madeira/etilenoglicol, 1-2, 1-3,1-6 e 1-8 de modo a otimizar a percentagem de liquefação. Os resultados mostram que quanto maior a temperatura, maior a percentagem de liquefação. À mesma temperatura a percentagem de liquefação aumenta com o tempo de tratamento segundo uma curva aproximadamente logarítmica até atingir um máximo decrescendo de seguida, possivelmente devido a reações de condensação dos produtos de liquefação. A percentagem de liquefação máxima foi obtida ao fim de 30 min a 180ºC (cerca de 80%) e 60 min a 160ºC (cerca de 70%). Verificou-se que o rácio de madeira/etilenoglicol influenciou a percentagem de liquefação que variou entre 62% e 88% sendo que o rácio que apresentou melhores resultados foi 1:6.info:eu-repo/semantics/openAccessUnidade de Silvicultura e Produtos FlorestaisSilva Lusitana v.21 n.Especial 20132013-06-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522013000100013pt |
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