Participação da população: do controle sobre os recursos a uma produção estética da clínica e da gestão em saúde
O artigo relata parte de trabalho cartográfico realizado pelo autor, que buscou idéias populares e oficiais inovadoras para a clínica e para a pedagogia médica, associando-as a evidências similares coletadas por ocasião da etapa nacional da XII Conferência Nacional de Saúde. Por meio da análise desse material empírico, é possível afirmar que os espaços de participação da população no sistema de saúde vêm produzindo contribuições inovadoras à clínica em saúde e à gestão do sistema de saúde. Essas contribuições atuam no sentido de reconfigurar a clínica e a gestão, interferindo, em grande medida, no próprio sentido do controle social, como habitualmente é referida a diretriz constitucional de participação da população no sistema de saúde. Tal movimento, que fortalece um plano de produção estética desses conceitos, é direcionado de forma similar a um conjunto de processos que marcam, segundo diversos autores, o limite de conceitos que a ciência moderna vem utilizando para produzir conhecimentos. Dessa forma, é possível supor que o que se denomina com alguma freqüência de crise no controle social sobre o sistema de saúde possa ser, na verdade, uma insuficiência de recursos interpretativos para capturar um plano de maior potência da participação da população e de expressão mais atual.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
PHYSIS - Revista de Saúde Coletiva
2004
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312004000100006 |
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Summary: | O artigo relata parte de trabalho cartográfico realizado pelo autor, que buscou idéias populares e oficiais inovadoras para a clínica e para a pedagogia médica, associando-as a evidências similares coletadas por ocasião da etapa nacional da XII Conferência Nacional de Saúde. Por meio da análise desse material empírico, é possível afirmar que os espaços de participação da população no sistema de saúde vêm produzindo contribuições inovadoras à clínica em saúde e à gestão do sistema de saúde. Essas contribuições atuam no sentido de reconfigurar a clínica e a gestão, interferindo, em grande medida, no próprio sentido do controle social, como habitualmente é referida a diretriz constitucional de participação da população no sistema de saúde. Tal movimento, que fortalece um plano de produção estética desses conceitos, é direcionado de forma similar a um conjunto de processos que marcam, segundo diversos autores, o limite de conceitos que a ciência moderna vem utilizando para produzir conhecimentos. Dessa forma, é possível supor que o que se denomina com alguma freqüência de crise no controle social sobre o sistema de saúde possa ser, na verdade, uma insuficiência de recursos interpretativos para capturar um plano de maior potência da participação da população e de expressão mais atual. |
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