Fatores prognósticos da revascularização na fase aguda do infarto agudo do miocárdio
OBJETIVO: Determinar os fatores preditores de má evolução nos pacientes submetidos a revascularização do miocárdio (RM) na fase aguda do infarto do miocárdio (IAM). CASUÍSTICA E MÉTODOS: No período de março de 1998 a novembro de 1999, 49 pacientes foram submetidos a RM na fase aguda do IAM. Foram excluídos pacientes portadores de complicações mecânicas do IAM e submetidos a procedimentos associados a RM. Os pacientes foram divididos em: Grupo I - 29 casos que não apresentaram complicações decorrentes do IAM e Grupo II - 20 casos com uma ou mais complicações. As complicações consideradas foram: isquemia recorrente (18 pacientes), insuficiência cardíaca congestiva (11), choque cardiogênico (9), hipotensão (7), reinfarto (4), taquicardia ventricular sustentada (4) e fibrilação ventricular (3). Os grupos foram considerados comparáveis em relação às características pré-operatórias, exceto pela idade mais avançada no grupo II. No intuito de identificar os fatores determinantes de pior prognóstico pós-operatório, foram correlacionadas e analisadas as características dos pacientes e as complicações do IAM, estudados pelo teste de variância e análise multivariada. RESULTADOS: A mortalidade global foi de 6,12% (3 pacientes), sendo somente no grupo II. A análise multivariada identificou como fatores preditores de mortalidade hospitalar a hipotensão arterial (p=0,045), o choque cardiogênico (p=0,001) e a fibrilação ventricular (p=0,012). CONCLUSÕES: A RM na fase aguda do IAM é um procedimento seguro em pacientes sem complicações, sem mortalidade operatória. A presença de complicações pré-operatórias como choque cardiogênico, fibrilação ventricular e hipotensão são considerados fatores de mau prognóstico nesta condição.
Main Authors: | , , , , , , , |
---|---|
Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular
2001
|
Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382001000300003 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
Summary: | OBJETIVO: Determinar os fatores preditores de má evolução nos pacientes submetidos a revascularização do miocárdio (RM) na fase aguda do infarto do miocárdio (IAM). CASUÍSTICA E MÉTODOS: No período de março de 1998 a novembro de 1999, 49 pacientes foram submetidos a RM na fase aguda do IAM. Foram excluídos pacientes portadores de complicações mecânicas do IAM e submetidos a procedimentos associados a RM. Os pacientes foram divididos em: Grupo I - 29 casos que não apresentaram complicações decorrentes do IAM e Grupo II - 20 casos com uma ou mais complicações. As complicações consideradas foram: isquemia recorrente (18 pacientes), insuficiência cardíaca congestiva (11), choque cardiogênico (9), hipotensão (7), reinfarto (4), taquicardia ventricular sustentada (4) e fibrilação ventricular (3). Os grupos foram considerados comparáveis em relação às características pré-operatórias, exceto pela idade mais avançada no grupo II. No intuito de identificar os fatores determinantes de pior prognóstico pós-operatório, foram correlacionadas e analisadas as características dos pacientes e as complicações do IAM, estudados pelo teste de variância e análise multivariada. RESULTADOS: A mortalidade global foi de 6,12% (3 pacientes), sendo somente no grupo II. A análise multivariada identificou como fatores preditores de mortalidade hospitalar a hipotensão arterial (p=0,045), o choque cardiogênico (p=0,001) e a fibrilação ventricular (p=0,012). CONCLUSÕES: A RM na fase aguda do IAM é um procedimento seguro em pacientes sem complicações, sem mortalidade operatória. A presença de complicações pré-operatórias como choque cardiogênico, fibrilação ventricular e hipotensão são considerados fatores de mau prognóstico nesta condição. |
---|