Acidose metabólica por hiperglicemia transitória pós enucleação de insulinoma pancreático
INTRODUÇÃO: Insulinoma é a neoplasia endócrina mais frequente dos tumores funcionantes do pâncreas. Origina-se a partir das células beta das ilhotas de Langerhans e caracteriza-se pela produção excessiva de insulina, com consequente hipoglicemia. O tratamento de escolha é a remoção cirúrgica da neoplasia. O presente relato tem como objetivo apresentar uma complicação metabólica pouco observada. RELATO DO CASO: Homem de 41 anos de idade há dois anos com tonturas, visão turva e convulsões. Os sintomas estavam bem relacionados com períodos prolongados de jejum e melhoravam com as refeições, e durante um dos episódios foi constatada a presença de hipoglicemia, melhorando os sintomas imediatamente após administração de glicose endovenosa. A pesquisa glicêmica revelou intensa hipoglicemia. Ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética de abdome não revelaram nenhum tipo de alterações no pâncreas. Com a hipótese diagnóstica de hiperglicemia orgânica por provável insulinoma, o paciente foi submetido à enucleação da lesão. No 5º dia do pós-operatório surgiu fístula pancreática e acidose metabólica com resolução satisfatória. O laudo histopatológico mostrou tumor endócrino de pâncreas de 1,5 cm. CONCLUSÃO: Todo paciente submetido à ressecção de insulinoma pancreático deve realizar o pós-operatório imediato em unidades de terapia intensiva, monitorando de forma rigorosa os níveis de glicemia como prevenção de acidose metabólica.
Main Authors: | , , , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva
2009
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-67202009000100012 |
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Summary: | INTRODUÇÃO: Insulinoma é a neoplasia endócrina mais frequente dos tumores funcionantes do pâncreas. Origina-se a partir das células beta das ilhotas de Langerhans e caracteriza-se pela produção excessiva de insulina, com consequente hipoglicemia. O tratamento de escolha é a remoção cirúrgica da neoplasia. O presente relato tem como objetivo apresentar uma complicação metabólica pouco observada. RELATO DO CASO: Homem de 41 anos de idade há dois anos com tonturas, visão turva e convulsões. Os sintomas estavam bem relacionados com períodos prolongados de jejum e melhoravam com as refeições, e durante um dos episódios foi constatada a presença de hipoglicemia, melhorando os sintomas imediatamente após administração de glicose endovenosa. A pesquisa glicêmica revelou intensa hipoglicemia. Ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética de abdome não revelaram nenhum tipo de alterações no pâncreas. Com a hipótese diagnóstica de hiperglicemia orgânica por provável insulinoma, o paciente foi submetido à enucleação da lesão. No 5º dia do pós-operatório surgiu fístula pancreática e acidose metabólica com resolução satisfatória. O laudo histopatológico mostrou tumor endócrino de pâncreas de 1,5 cm. CONCLUSÃO: Todo paciente submetido à ressecção de insulinoma pancreático deve realizar o pós-operatório imediato em unidades de terapia intensiva, monitorando de forma rigorosa os níveis de glicemia como prevenção de acidose metabólica. |
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