Amamentação e padrões alimentares em crianças de duas coortes de base populacional no Sul do Brasil: tendências e diferenciais
A amamentação é fundamental para o crescimento e desenvolvimento da criança. No Brasil, a duração mediana da amamentação é muito baixa; por isso, no início da década de 80, foram implementadas campanhas nacionais de estímulo ao aleitamento materno. O presente artigo teve como objetivo avaliar as mudanças na duração da amamentação na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, entre os anos de 1982 e 1993. Foram avaliados todos os nascimentos hospitalares ocorridos em ambos os anos, e amostras sistemáticas dessas crianças foram visitadas com cerca de 12 meses de idade. Observou-se um aumento na duração mediana da amamentação de 3,1 meses em 1982 para 4,0 meses em 1993. Este aumento suporta um possível impacto das campanhas nacionais ocorridas durante a década. Em ambas as coortes, houve interação entre a renda familiar e os percentuais de crianças amamentadas em diferentes idades. Nos primeiros meses, estes percentuais foram superiores nas famílias de maior renda, mas, a partir de nove meses, a amamentação foi mais freqüente no grupo de baixa renda. Crianças com baixo peso ao nascer apresentaram durações mais curtas da amamentação. Apesar dos progressos observados, a duração do aleitamento permanece bastante inferior ao recomendado internacionalmente, salientando a necessidade de campanhas futuras que priorizem crianças com baixo peso ao nascer e pertencentes às famílias de baixa renda.
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Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz
1996
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oai:scielo:S0102-311X19960005000072006-08-30Amamentação e padrões alimentares em crianças de duas coortes de base populacional no Sul do Brasil: tendências e diferenciaisHorta,Bernardo L.Olinto,Maria Teresa A.Victora,Cesar G.Barros,Fernando C.Guimarães,Paula R. V. Amamentação Epidemiologia Dieta Saúde da Criança A amamentação é fundamental para o crescimento e desenvolvimento da criança. No Brasil, a duração mediana da amamentação é muito baixa; por isso, no início da década de 80, foram implementadas campanhas nacionais de estímulo ao aleitamento materno. O presente artigo teve como objetivo avaliar as mudanças na duração da amamentação na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, entre os anos de 1982 e 1993. Foram avaliados todos os nascimentos hospitalares ocorridos em ambos os anos, e amostras sistemáticas dessas crianças foram visitadas com cerca de 12 meses de idade. Observou-se um aumento na duração mediana da amamentação de 3,1 meses em 1982 para 4,0 meses em 1993. Este aumento suporta um possível impacto das campanhas nacionais ocorridas durante a década. Em ambas as coortes, houve interação entre a renda familiar e os percentuais de crianças amamentadas em diferentes idades. Nos primeiros meses, estes percentuais foram superiores nas famílias de maior renda, mas, a partir de nove meses, a amamentação foi mais freqüente no grupo de baixa renda. Crianças com baixo peso ao nascer apresentaram durações mais curtas da amamentação. Apesar dos progressos observados, a duração do aleitamento permanece bastante inferior ao recomendado internacionalmente, salientando a necessidade de campanhas futuras que priorizem crianças com baixo peso ao nascer e pertencentes às famílias de baixa renda.info:eu-repo/semantics/openAccessEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo CruzCadernos de Saúde Pública v.12 suppl.1 19961996-01-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1996000500007pt10.1590/S0102-311X1996000500007 |
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A amamentação é fundamental para o crescimento e desenvolvimento da criança. No Brasil, a duração mediana da amamentação é muito baixa; por isso, no início da década de 80, foram implementadas campanhas nacionais de estímulo ao aleitamento materno. O presente artigo teve como objetivo avaliar as mudanças na duração da amamentação na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, entre os anos de 1982 e 1993. Foram avaliados todos os nascimentos hospitalares ocorridos em ambos os anos, e amostras sistemáticas dessas crianças foram visitadas com cerca de 12 meses de idade. Observou-se um aumento na duração mediana da amamentação de 3,1 meses em 1982 para 4,0 meses em 1993. Este aumento suporta um possível impacto das campanhas nacionais ocorridas durante a década. Em ambas as coortes, houve interação entre a renda familiar e os percentuais de crianças amamentadas em diferentes idades. Nos primeiros meses, estes percentuais foram superiores nas famílias de maior renda, mas, a partir de nove meses, a amamentação foi mais freqüente no grupo de baixa renda. Crianças com baixo peso ao nascer apresentaram durações mais curtas da amamentação. Apesar dos progressos observados, a duração do aleitamento permanece bastante inferior ao recomendado internacionalmente, salientando a necessidade de campanhas futuras que priorizem crianças com baixo peso ao nascer e pertencentes às famílias de baixa renda. |
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