Resultados oncológicos da laringectomia parcial no carcinoma glótico inicial
Introdução: O carcinoma epidermóide da laringe ocupa o sexto lugar entre as neoplasias mais comuns, sendo uma das malignidades mais freqüentes na cabeça e pescoço, ocupando o segundo lugar imediatamente após o câncer da cavidade oral. Dependendo do estadiamento da lesão, ou seja, extensão do câncer ao diagnóstico, há um prognóstico a longo prazo bastante favorável, com taxas de sobrevida global para 5 anos de 65%-70%. Objetivo: Avaliação dos resultados após laringectomia parcial para carcinoma glótico inicial. Forma de estudo: Clínico retrospectivo. Material e Método: Foi realizada análise retrospectiva do prontuário de 59 pacientes submetidos à laringectomia parcial. Foram excluídos pacientes com tratamento prévio, extensão tumoral maior que 10 mm abaixo da glote, lesões com extensão macroscópica para a(s) prega(s) vestibular(s) e lesões com diminuição grosseira da mobilidade da(s) prega(a) vocal(is) à laringoscopia indireta e aqueles com seguimento inferior a 36 meses. Resultados: Doze (20,3%) dos 59 pacientes apresentaram recidiva, sendo uma recidiva regional (1,7%) e 11 recidivas locais (18,6%). Com o resgate cirúrgico (laringectomia total), controle oncológico foi alcançado em 75% desses casos. Complicações severas (estenose glótica e aspiração traqueobrônquica) ocorreram em somente 2 pacientes (3,4%). Conclusões: As laringectomias parciais são procedimentos seguros e eficazes para o tratamento da maioria dos casos de câncer glótico inicial, além do que, pela sua versatilidade, conferem segurança na radicalidade oncológica e possibilitam, também, a readaptação funcional ao paciente.
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Format: | Digital revista |
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ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial
2002
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