Diversidade genética de raças asininas criadas no Brasil, baseada na análise de locos microssatélites e DNA mitocondrial.
O melhoramento genético e, por conseguinte, o progresso da pecuária está intimamente correlacionado com a variabilidade genética das espécies animais. Desta forma, a perda dessa variabilidade poderá restringir as opções, não previstas, para os trabalhos de melhoramento animal. O estudo da diversidade e da variabilidade genética da espécie asinina poderá auxiliar nas tomadas de decisão a respeito de quais populações devem ou não ser conservadas, quando os recursos são escassos, evitando a duplicação de esforços na manutenção das amostras. Da mesma forma, poderá ainda evitar que populações de uma mesma raça, que possuam características particulares, sejam descartadas durante o processo de conservação. Este trabalho teve como objetivo estimar a variabilidade genética, entre e dentro, de três raças asininas mais comuns no Brasil visando à obtenção de um panorama geral da diversidade '_enética desta espécie, a análise de sua unicidade e estrutura populacional, bem como o estudo de suas relações genéticas pelo uso de marcadores de DNA nucleares e citoplasmáticos. Com os locos microssatélites analisados foi possível montar um painel de marcadores eficientes para testes de exclusão de paternidade na espécie asinina. Observou-se um total de 91 alelos para todos os locos analisados. As estimativas das freqüências alélicas de diferentes marcadores microssatélites e os índices de diversidade demonstraram ser possível monitorar, preservar e caracterizar geneticamente os recursos genéticos asininos. A raça Nordestina foi a que apresentou o maior numero de alelos, e a maior estimativa de endogamia. O menor índice de endogamia foi detectado na raça Brasileira. As distâncias genéticas mais altas foram observadas entre as raças Brasileira e Nordestina (0,2197), enquanto que as menores distâncias foram observadas entre as raças Pêga e Nordestina (0,0868). Mediante o seqüenciamento e a análise de 596bp da região controle do DNA mitocondrial foi possível observar que, à exceção da raça Brasileira, as demais raças asininas estudadas possuem uma alta diversidade nucleotídica. As raças asininas brasileiras possuem haplótipos de origem em comum com raças asiáticas e européias, oriundas do tronco somaliensis. Verificou-se ainda a existência de uma subdivisão no tronco somaliensis, o que sugere a existência de dois haplogrupos distintos ou ainda um maior número de centros de domesticação.
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2009-10-07
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dig-alice-doc-5133652018-04-05T00:31:40Z Diversidade genética de raças asininas criadas no Brasil, baseada na análise de locos microssatélites e DNA mitocondrial. ALMEIDA, L. D. de LEONARDO DANIEL DE ALMEIDA. Estrutura genética D-loop STR Variabilidade genética Genética populacional Jumento O melhoramento genético e, por conseguinte, o progresso da pecuária está intimamente correlacionado com a variabilidade genética das espécies animais. Desta forma, a perda dessa variabilidade poderá restringir as opções, não previstas, para os trabalhos de melhoramento animal. O estudo da diversidade e da variabilidade genética da espécie asinina poderá auxiliar nas tomadas de decisão a respeito de quais populações devem ou não ser conservadas, quando os recursos são escassos, evitando a duplicação de esforços na manutenção das amostras. Da mesma forma, poderá ainda evitar que populações de uma mesma raça, que possuam características particulares, sejam descartadas durante o processo de conservação. Este trabalho teve como objetivo estimar a variabilidade genética, entre e dentro, de três raças asininas mais comuns no Brasil visando à obtenção de um panorama geral da diversidade '_enética desta espécie, a análise de sua unicidade e estrutura populacional, bem como o estudo de suas relações genéticas pelo uso de marcadores de DNA nucleares e citoplasmáticos. Com os locos microssatélites analisados foi possível montar um painel de marcadores eficientes para testes de exclusão de paternidade na espécie asinina. Observou-se um total de 91 alelos para todos os locos analisados. As estimativas das freqüências alélicas de diferentes marcadores microssatélites e os índices de diversidade demonstraram ser possível monitorar, preservar e caracterizar geneticamente os recursos genéticos asininos. A raça Nordestina foi a que apresentou o maior numero de alelos, e a maior estimativa de endogamia. O menor índice de endogamia foi detectado na raça Brasileira. As distâncias genéticas mais altas foram observadas entre as raças Brasileira e Nordestina (0,2197), enquanto que as menores distâncias foram observadas entre as raças Pêga e Nordestina (0,0868). Mediante o seqüenciamento e a análise de 596bp da região controle do DNA mitocondrial foi possível observar que, à exceção da raça Brasileira, as demais raças asininas estudadas possuem uma alta diversidade nucleotídica. As raças asininas brasileiras possuem haplótipos de origem em comum com raças asiáticas e européias, oriundas do tronco somaliensis. Verificou-se ainda a existência de uma subdivisão no tronco somaliensis, o que sugere a existência de dois haplogrupos distintos ou ainda um maior número de centros de domesticação. Dissertação (Mestrado em Ciências Animais) - Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, Brasília, DF. Orientador: Arthur da Silva Mariante, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia; co-orientadora: Andréa Alves do Egito, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. 2018-04-05T00:31:35Z 2018-04-05T00:31:35Z 2009-10-07 2009 2018-04-05T11:11:11Z Teses 2009. http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/513365 pt_BR por openAccess 76 f. |
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O melhoramento genético e, por conseguinte, o progresso da pecuária está intimamente correlacionado com a variabilidade genética das espécies animais. Desta forma, a perda dessa variabilidade poderá restringir as opções, não previstas, para os trabalhos de melhoramento animal. O estudo da diversidade e da variabilidade genética da espécie asinina poderá auxiliar nas tomadas de decisão a respeito de quais populações devem ou não ser conservadas, quando os recursos são escassos, evitando a duplicação de esforços na manutenção das amostras. Da mesma forma, poderá ainda evitar que populações de uma mesma raça, que possuam características particulares, sejam descartadas durante o processo de conservação. Este trabalho teve como objetivo estimar a variabilidade genética, entre e dentro, de três raças asininas mais comuns no Brasil visando à obtenção de um panorama geral da diversidade '_enética desta espécie, a análise de sua unicidade e estrutura populacional, bem como o estudo de suas relações genéticas pelo uso de marcadores de DNA nucleares e citoplasmáticos. Com os locos microssatélites analisados foi possível montar um painel de marcadores eficientes para testes de exclusão de paternidade na espécie asinina. Observou-se um total de 91 alelos para todos os locos analisados. As estimativas das freqüências alélicas de diferentes marcadores microssatélites e os índices de diversidade demonstraram ser possível monitorar, preservar e caracterizar geneticamente os recursos genéticos asininos. A raça Nordestina foi a que apresentou o maior numero de alelos, e a maior estimativa de endogamia. O menor índice de endogamia foi detectado na raça Brasileira. As distâncias genéticas mais altas foram observadas entre as raças Brasileira e Nordestina (0,2197), enquanto que as menores distâncias foram observadas entre as raças Pêga e Nordestina (0,0868). Mediante o seqüenciamento e a análise de 596bp da região controle do DNA mitocondrial foi possível observar que, à exceção da raça Brasileira, as demais raças asininas estudadas possuem uma alta diversidade nucleotídica. As raças asininas brasileiras possuem haplótipos de origem em comum com raças asiáticas e européias, oriundas do tronco somaliensis. Verificou-se ainda a existência de uma subdivisão no tronco somaliensis, o que sugere a existência de dois haplogrupos distintos ou ainda um maior número de centros de domesticação. |
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