Prevalência de ansiedade e depressão em trabalhadores da Atenção Primária à Saúde

Resumo Introdução A atualização da Política Nacional de Atenção Básica em Saúde, em 2017, trouxe importantes retrocessos para o sistema de saúde brasileiro, dificultando a atuação profissional e favorecendo o adoecimento psíquico dos trabalhadores. Objetivo Avaliar a prevalência de ansiedade e depressão em trabalhadores da atenção primária à saúde. Método Estudo transversal, realizado em 2017, em um município de grande porte do interior paulista. Foram avaliados 173 profissionais das equipes da Atenção Primária à Saúde, utilizando um questionário com variáveis sociodemográficas e profissionais; o Inventário de Ansiedade de Beck (BAI); e o Inventário de Depressão de Beck (BDI-II). Resultados A ansiedade esteve presente em 45,3% dos profissionais, sendo 25,0% com ansiedade leve, 9,9% com ansiedade moderada e 10,5% com ansiedade grave. A depressão esteve presente 41,0% dos profissionais, sendo 28,9% com depressão leve e 12,1% com depressão moderada. Houve maior prevalência de ansiedade (17,3%) e de depressão (28,3%) entre Agentes Comunitários de Saúde e menor prevalência de ansiedade (1,2%) e de depressão (0,6%) entre médicos. Conclusão Há uma prevalência elevada de ansiedade e depressão em profissionais da Atenção Primária em Saúde, especialmente em agentes comunitários de saúde. Os gestores municipais devem implementar medidas de atenção à saúde dos trabalhadores, bem como garantir condições de trabalho favoráveis, para evitar o adoecimento dos profissionais.

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Main Authors: Julio,Rayara de Souza, Lourenção,Luciano Garcia, Oliveira,Stella Minasi de, Farias,Dóris Helena Ribeiro, Gazetta,Cláudia Eli
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Terapia Ocupacional 2022
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2526-89102022000100212
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