Pílulas, posts e piadas: a brevidade como éthos da poesia brasileira

Resumo O presente artigo se propõe a analisar a origem e os desdobramentos do poema curto na literatura brasileira, desde os seus precursores no século XIX até o seu uso na contemporaneidade. Essa concisão poemática, geralmente associada ao humor, ganharia, no Modernismo, epítetos como “piada”, “pílula”, “comprimido” e “minuto”, e graças a sua vasta proliferação, tornou-se - não sem polêmicas e detratações - uma espécie de gênero recorrente na produção poética nacional. Sua experiência de leitura difere da fruição do verso tradicional, pois é fluida e de compreensão imediata, flash linguístico que desestabiliza o discurso corrente do utilitarismo cotidiano e capta o leitor em um instante catártico a partir da deflagração do riso e/ou da percepção do insurgente valor conceitual inerente ao “poema-piada”. Como suas possíveis modulações, o poema concreto, a geração marginal e a poesia publicada nas redes sociais contemporâneas são investigados.

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Bibliographic Details
Main Author: Bento,Sergio Guilherme Cabral
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea 2019
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2316-40182019000300406
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