Linguagem, espaço e nação: um mapeamento das identidades multigeográficas do protagonista imigrante
Neste trabalho, analiso duas obras que narram a migração: Estive em Lisboa e lembrei de você (2009), de Luiz Ruffato, um romance contemporâneo centrado na história de um migrante mineiro que vai para Lisboa, e Mar paraguayo (1992), de Wilson Bueno, que conta a história de uma prostituta paraguaia sem nome que reside em Guaratuba. Mais especificamente, argumento que os romances de migração com temas contemporâneos desafiam, alongam e/ou interrompem a coesão narrativa do espaço-tempo, obscurecendo, muitas vezes de forma progressiva, as fronteiras entre o nacional e o transnacional. Examino a ideia do espaço tanto no sentido concreto, no âmbito doméstico e o espaço urbano, quanto no sentido metafórico. Dentro deste marco teórico expandido, estendo o argumento espacial ainda mais, postulando que essas narrativas não apenas transgridem ou transcendem os espaços tangíveis, mas também que geram novas ou alternativas possibilidades espaciais a partir das quais podemos observar a construção e manutenção da identidade.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea
2015
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2316-40182015000100159 |
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Summary: | Neste trabalho, analiso duas obras que narram a migração: Estive em Lisboa e lembrei de você (2009), de Luiz Ruffato, um romance contemporâneo centrado na história de um migrante mineiro que vai para Lisboa, e Mar paraguayo (1992), de Wilson Bueno, que conta a história de uma prostituta paraguaia sem nome que reside em Guaratuba. Mais especificamente, argumento que os romances de migração com temas contemporâneos desafiam, alongam e/ou interrompem a coesão narrativa do espaço-tempo, obscurecendo, muitas vezes de forma progressiva, as fronteiras entre o nacional e o transnacional. Examino a ideia do espaço tanto no sentido concreto, no âmbito doméstico e o espaço urbano, quanto no sentido metafórico. Dentro deste marco teórico expandido, estendo o argumento espacial ainda mais, postulando que essas narrativas não apenas transgridem ou transcendem os espaços tangíveis, mas também que geram novas ou alternativas possibilidades espaciais a partir das quais podemos observar a construção e manutenção da identidade. |
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