“SOMOS DESCENDENTES!” − CONTRANARRATIVAS E AGENCIAMENTOS MUSICAIS DOS COLETIVOS DE TCHABETA NA ROÇA AGOSTINHO NETO (SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE)
Resumo Cabo Verde, localizado na costa ocidental da África, é reconhecido como país marcadamente migratório. Entre vários destinos das pessoas cabo-verdianas, a experiência migratória em São Tomé e Príncipe foi concebida e narrada como o retrato da “pior migração” cabo-verdiana, por reverberar a experimentação da escravidão e reforçar uma negritude renegada. À luz da forma como a prática musicocoreográfica tchabeta aparece mobilizada no quotidiano das pessoas cabo-verdianas e os descendentes em São Tomé e Príncipe, as musicalidades constituem um mecanismo de reterritorialização e criação de um território existencial no arquipélago santomense. O que está em jogo é uma reatualização dos vários cristais de tempo: um batuko reprimido e silenciado do tempo colonial/do branco para um tchabeta que permite outros espaços e outros modos existenciais no território santomense.
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Published: |
Universidade Federal do Rio de Janeiro
2020
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oai:scielo:S2238-387520200003009812021-03-22“SOMOS DESCENDENTES!” − CONTRANARRATIVAS E AGENCIAMENTOS MUSICAIS DOS COLETIVOS DE TCHABETA NA ROÇA AGOSTINHO NETO (SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE)Semedo,Carla Indira Carvalho Tchabeta reterritorialização territórios existenciais São Tomé e Príncipe Cabo Verde Resumo Cabo Verde, localizado na costa ocidental da África, é reconhecido como país marcadamente migratório. Entre vários destinos das pessoas cabo-verdianas, a experiência migratória em São Tomé e Príncipe foi concebida e narrada como o retrato da “pior migração” cabo-verdiana, por reverberar a experimentação da escravidão e reforçar uma negritude renegada. À luz da forma como a prática musicocoreográfica tchabeta aparece mobilizada no quotidiano das pessoas cabo-verdianas e os descendentes em São Tomé e Príncipe, as musicalidades constituem um mecanismo de reterritorialização e criação de um território existencial no arquipélago santomense. O que está em jogo é uma reatualização dos vários cristais de tempo: um batuko reprimido e silenciado do tempo colonial/do branco para um tchabeta que permite outros espaços e outros modos existenciais no território santomense.info:eu-repo/semantics/openAccessUniversidade Federal do Rio de JaneiroSociologia & Antropologia v.10 n.3 20202020-12-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2238-38752020000300981pt10.1590/2238-38752020v1039 |
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Resumo Cabo Verde, localizado na costa ocidental da África, é reconhecido como país marcadamente migratório. Entre vários destinos das pessoas cabo-verdianas, a experiência migratória em São Tomé e Príncipe foi concebida e narrada como o retrato da “pior migração” cabo-verdiana, por reverberar a experimentação da escravidão e reforçar uma negritude renegada. À luz da forma como a prática musicocoreográfica tchabeta aparece mobilizada no quotidiano das pessoas cabo-verdianas e os descendentes em São Tomé e Príncipe, as musicalidades constituem um mecanismo de reterritorialização e criação de um território existencial no arquipélago santomense. O que está em jogo é uma reatualização dos vários cristais de tempo: um batuko reprimido e silenciado do tempo colonial/do branco para um tchabeta que permite outros espaços e outros modos existenciais no território santomense. |
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