Teoria da Subjetividade: Um caminho para a compreensão da conjugalidade e de seus processos individuais e sociais expressados na psicoterapia

Resumo: A Psicologia como ciência compreendeu a subjetividade, essencialmente e simultaneamente, como um processo individual que determina todos os outros processos e também meramente social, sendo o homem determinado por ela. A subjetividade é produzida historicamente e não um resultado direto dos processos que vivemos nos espaços que compartilhamos. O objetivo do presente artigo é explicar a psicoterapia de casal como um cenário favorecedor para compreensão dos processos subjetivos individuais e sociais, implicados na conjugalidade. Esses aspectos evidenciam-se de acordo com a Teoria da Subjetividade em uma perspectiva histórica e cultural. E a Epistemologia Qualitativa, na qual se apoia a pesquisa construtivo-interpretativa orientando os processos metodológicos desta pesquisa. Realizada em um consultório particular com um casal, cujas ferramentas utilizadas são o diálogo e complemento de frases. Constatou-se que os processos de desenvolvimento subjetivo apresentados na relação conjugal, se organizam em configurações subjetivas complexas e contraditórias. Os sentidos subjetivos decorrentes do sistema individual e social, referentes às histórias de vida singulares e às características da subjetividade social brasileira perpassam, de forma mútua, pela singularidade de cada pessoa e são expressados pelo caráter dialógico do espaço psicoterapêutico.

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Bibliographic Details
Main Authors: Mori,Valéria Deusdará, Abdalla,Helena
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Ludomedia 2021
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-77702021000400144
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Summary:Resumo: A Psicologia como ciência compreendeu a subjetividade, essencialmente e simultaneamente, como um processo individual que determina todos os outros processos e também meramente social, sendo o homem determinado por ela. A subjetividade é produzida historicamente e não um resultado direto dos processos que vivemos nos espaços que compartilhamos. O objetivo do presente artigo é explicar a psicoterapia de casal como um cenário favorecedor para compreensão dos processos subjetivos individuais e sociais, implicados na conjugalidade. Esses aspectos evidenciam-se de acordo com a Teoria da Subjetividade em uma perspectiva histórica e cultural. E a Epistemologia Qualitativa, na qual se apoia a pesquisa construtivo-interpretativa orientando os processos metodológicos desta pesquisa. Realizada em um consultório particular com um casal, cujas ferramentas utilizadas são o diálogo e complemento de frases. Constatou-se que os processos de desenvolvimento subjetivo apresentados na relação conjugal, se organizam em configurações subjetivas complexas e contraditórias. Os sentidos subjetivos decorrentes do sistema individual e social, referentes às histórias de vida singulares e às características da subjetividade social brasileira perpassam, de forma mútua, pela singularidade de cada pessoa e são expressados pelo caráter dialógico do espaço psicoterapêutico.