A máquina retórica de Barthes: mitologia e conotação nas redes digitais
RESUMOEste artigo explora a representação social da Tecnologia Informática e a Sociedade em Rede a partir da semiologia de Barthes, utilizando suas ideias sobre a criação de mitos e a conotação de discursos ideológicos por meio da sua naturalização. Complementando com alguns conceitos de Peirce e Santaella, buscou-se identificar e entender elementos dos mecanismos desses processos de mitificação e como eles incidem na criação de uma ordem informacional; neste caso, uma ordem digital. Conclui-se a iminência da percepção de que se presencia um alinhamento discursivo evangelizante baseado em elementos míticos e apoiados na aversão à incerteza, no princípio de poupança de energia e na engenharia discursiva guiada pelo alvo de lucro e poder. Destaca-se o viés da estrutura narrativa que reitera, de forma irreflexiva, a necessidade imperiosa da presença da informática e da digitalização sem o pleno contraponto de seus custos ou efeitos colaterais.
Main Authors: | , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
LAEL/PUC-SP (Programa de Estudos Pós-Graduados em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo)
2015
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-45732015000200135 |
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Summary: | RESUMOEste artigo explora a representação social da Tecnologia Informática e a Sociedade em Rede a partir da semiologia de Barthes, utilizando suas ideias sobre a criação de mitos e a conotação de discursos ideológicos por meio da sua naturalização. Complementando com alguns conceitos de Peirce e Santaella, buscou-se identificar e entender elementos dos mecanismos desses processos de mitificação e como eles incidem na criação de uma ordem informacional; neste caso, uma ordem digital. Conclui-se a iminência da percepção de que se presencia um alinhamento discursivo evangelizante baseado em elementos míticos e apoiados na aversão à incerteza, no princípio de poupança de energia e na engenharia discursiva guiada pelo alvo de lucro e poder. Destaca-se o viés da estrutura narrativa que reitera, de forma irreflexiva, a necessidade imperiosa da presença da informática e da digitalização sem o pleno contraponto de seus custos ou efeitos colaterais. |
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