O pai que não é o patrão: vivências de sujeitos terceirizados no Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul
A redução da oferta de empregos e o capitalismo flexível vêm ensejando a prática de diferentes vínculos trabalhistas, tais como a terceirização, os contratos com cooperativas e os contratos temporários. É objetivo deste trabalho investigar como um grupo de terceirizados, prestadores de serviços gerais no Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP), vivencia o prazer e o sofrimento no trabalho, em especial em relação à sua condição trabalhista. Os dados obtidos nas vinte entrevistas realizadas com esta finalidade foram analisados pelo método de análise de conteúdo, e apontaram para cinco categorias: o pai que não é o patrão e o patrão que não é o pai; a precarização do emprego e a redução dos postos de trabalho; as defesas contra o sofrimento; quando as defesas falham; o sentimento de inferioridade e a identidade negada; sonhar é preciso. Conclui-se que os terceirizados vivenciam sofrimento psíquico decorrente da precarização trabalhista. Além disto, o estudo identificou vínculos tênues entre as empresas de terceirização e os terceirizados, cujas necessidades são parcialmente supridas pelo próprio MP.
Main Author: | |
---|---|
Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia
2007
|
Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-92302007000300006 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
id |
oai:scielo:S1984-92302007000300006 |
---|---|
record_format |
ojs |
spelling |
oai:scielo:S1984-923020070003000062014-10-23O pai que não é o patrão: vivências de sujeitos terceirizados no Ministério Público do Estado do Rio Grande do SulCosta,Silvia Generali daA redução da oferta de empregos e o capitalismo flexível vêm ensejando a prática de diferentes vínculos trabalhistas, tais como a terceirização, os contratos com cooperativas e os contratos temporários. É objetivo deste trabalho investigar como um grupo de terceirizados, prestadores de serviços gerais no Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP), vivencia o prazer e o sofrimento no trabalho, em especial em relação à sua condição trabalhista. Os dados obtidos nas vinte entrevistas realizadas com esta finalidade foram analisados pelo método de análise de conteúdo, e apontaram para cinco categorias: o pai que não é o patrão e o patrão que não é o pai; a precarização do emprego e a redução dos postos de trabalho; as defesas contra o sofrimento; quando as defesas falham; o sentimento de inferioridade e a identidade negada; sonhar é preciso. Conclui-se que os terceirizados vivenciam sofrimento psíquico decorrente da precarização trabalhista. Além disto, o estudo identificou vínculos tênues entre as empresas de terceirização e os terceirizados, cujas necessidades são parcialmente supridas pelo próprio MP.info:eu-repo/semantics/openAccessEscola de Administração da Universidade Federal da BahiaOrganizações & Sociedade v.14 n.42 20072007-09-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-92302007000300006pt10.1590/S1984-92302007000300006 |
institution |
SCIELO |
collection |
OJS |
country |
Brasil |
countrycode |
BR |
component |
Revista |
access |
En linea |
databasecode |
rev-scielo-br |
tag |
revista |
region |
America del Sur |
libraryname |
SciELO |
language |
Portuguese |
format |
Digital |
author |
Costa,Silvia Generali da |
spellingShingle |
Costa,Silvia Generali da O pai que não é o patrão: vivências de sujeitos terceirizados no Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul |
author_facet |
Costa,Silvia Generali da |
author_sort |
Costa,Silvia Generali da |
title |
O pai que não é o patrão: vivências de sujeitos terceirizados no Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul |
title_short |
O pai que não é o patrão: vivências de sujeitos terceirizados no Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul |
title_full |
O pai que não é o patrão: vivências de sujeitos terceirizados no Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul |
title_fullStr |
O pai que não é o patrão: vivências de sujeitos terceirizados no Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul |
title_full_unstemmed |
O pai que não é o patrão: vivências de sujeitos terceirizados no Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul |
title_sort |
o pai que não é o patrão: vivências de sujeitos terceirizados no ministério público do estado do rio grande do sul |
description |
A redução da oferta de empregos e o capitalismo flexível vêm ensejando a prática de diferentes vínculos trabalhistas, tais como a terceirização, os contratos com cooperativas e os contratos temporários. É objetivo deste trabalho investigar como um grupo de terceirizados, prestadores de serviços gerais no Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP), vivencia o prazer e o sofrimento no trabalho, em especial em relação à sua condição trabalhista. Os dados obtidos nas vinte entrevistas realizadas com esta finalidade foram analisados pelo método de análise de conteúdo, e apontaram para cinco categorias: o pai que não é o patrão e o patrão que não é o pai; a precarização do emprego e a redução dos postos de trabalho; as defesas contra o sofrimento; quando as defesas falham; o sentimento de inferioridade e a identidade negada; sonhar é preciso. Conclui-se que os terceirizados vivenciam sofrimento psíquico decorrente da precarização trabalhista. Além disto, o estudo identificou vínculos tênues entre as empresas de terceirização e os terceirizados, cujas necessidades são parcialmente supridas pelo próprio MP. |
publisher |
Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia |
publishDate |
2007 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-92302007000300006 |
work_keys_str_mv |
AT costasilviageneralida opaiquenaoeopatraovivenciasdesujeitosterceirizadosnoministeriopublicodoestadodoriograndedosul |
_version_ |
1756437994404839424 |