Inteligência Artificial e os Riscos Existenciais Reais: Uma Análise das Limitações Humanas de Controle

RESUMO A partir da hipótese de que a inteligência artificial como tal não representaria o fim da supremacia humana, uma vez que, na essência, a IA somente simularia e aumentaria aspectos da inteligência humana em artefatos não biológicos, o presente artigo questiona sobre o risco real a ser enfrentado. Para além do embate entre tecnofóbicos e tecnofílicos, o que se defende, então, é que as possíveis falhas de funcionamento de uma inteligência artificial - decorrentes de sobrecarga de informação, de uma programação equivocada ou de uma aleatoriedade do sistema - poderiam sinalizar os verdadeiros riscos existenciais, sobretudo quando se considera que o cérebro biológico, na esteira do viés da automação, tende a assumir de maneira acrítica aquilo que é posto por sistemas ancorados em inteligência artificial. Além disso, o argumento aqui defendido é que falhas não detectáveis pela provável limitação de controle humano quanto ao aumento de complexidade do funcionamento de sistemas de IA representam o principal risco existencial real.

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Bibliographic Details
Main Authors: Candiotto,Kleber Bez Birolo, Karasinski,Murilo
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS 2022
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-82342022000300206
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