O colonialismo interno em O outro pé da sereia, de Mia Couto

Resumo: Neste artigo, sustentarei que, no romance O outro pé da sereia (2006), Mia Couto está preocupado com os efeitos do “colonialismo interno” (Walter Mignolo). Nos começos do século XXI, no Moçambique pós-colonial, o empresário Casuarino e outras personagens do romance são agentes da “colonialidade do poder” transnacional e neo-liberal. Utilizam o “pós-colonialismo” e a “raça” para perpetuar hierarquias, desigualdades e injustiças à escala local, nacional e global. Pelo contrário, Mwadia, que é uma personagem de “fronteira”, desafia simultaneamente o “colonialismo interno” e a “colonialidade do poder” independentemente das limitações raciais.

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Bibliographic Details
Main Author: Lopes,João Marques
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: EDIPUCRS 2016
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-77262016000400565
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Summary:Resumo: Neste artigo, sustentarei que, no romance O outro pé da sereia (2006), Mia Couto está preocupado com os efeitos do “colonialismo interno” (Walter Mignolo). Nos começos do século XXI, no Moçambique pós-colonial, o empresário Casuarino e outras personagens do romance são agentes da “colonialidade do poder” transnacional e neo-liberal. Utilizam o “pós-colonialismo” e a “raça” para perpetuar hierarquias, desigualdades e injustiças à escala local, nacional e global. Pelo contrário, Mwadia, que é uma personagem de “fronteira”, desafia simultaneamente o “colonialismo interno” e a “colonialidade do poder” independentemente das limitações raciais.