Médico como arquiteto da escolha: paternalismo e respeito à autonomia

Resumo A relação médico-paciente difere significativamente das demais interações sociais. Não por acaso, cresce expressivamente o número de estudos voltados exclusivamente à referida área. O fortalecimento da concepção de autonomia passou também a abranger a figura do paciente, com notória ampliação de sua esfera de participação e de influência na tomada de decisão em tratamentos e em procedimentos clínicos, mitigando aquela concepção exacerbadamente paternalista que recaía sobre a figura do profissional médico. Porém, daí insurge grave problemática: quais são os limites dessa autonomia? Acredita-se que a solução se encontra na ideia do paternalismo libertário, tese de Richard Thaler e Cass Sunstein, em que o médico atua como arquiteto da escolha do paciente. A partir do método hipotético-dedutivo, o objetivo do presente ensaio é verificar a possibilidade de adequar o método do paternalismo libertário à prática médica, mormente em relação aos hard cases , estabelecendo o alcance e os limites da autonomia do paciente.

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Main Authors: Lima,Andrei Ferreira de Araújo, Machado,Fernando Inglez de Souza
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Conselho Federal de Medicina 2021
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-80422021000100044
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spelling oai:scielo:S1983-804220210001000442021-05-18Médico como arquiteto da escolha: paternalismo e respeito à autonomiaLima,Andrei Ferreira de AraújoMachado,Fernando Inglez de Souza Relações médico-paciente Autonomia pessoal Paternalismo Recusa do paciente ao tratamento Resumo A relação médico-paciente difere significativamente das demais interações sociais. Não por acaso, cresce expressivamente o número de estudos voltados exclusivamente à referida área. O fortalecimento da concepção de autonomia passou também a abranger a figura do paciente, com notória ampliação de sua esfera de participação e de influência na tomada de decisão em tratamentos e em procedimentos clínicos, mitigando aquela concepção exacerbadamente paternalista que recaía sobre a figura do profissional médico. Porém, daí insurge grave problemática: quais são os limites dessa autonomia? Acredita-se que a solução se encontra na ideia do paternalismo libertário, tese de Richard Thaler e Cass Sunstein, em que o médico atua como arquiteto da escolha do paciente. A partir do método hipotético-dedutivo, o objetivo do presente ensaio é verificar a possibilidade de adequar o método do paternalismo libertário à prática médica, mormente em relação aos hard cases , estabelecendo o alcance e os limites da autonomia do paciente.info:eu-repo/semantics/openAccessConselho Federal de MedicinaRevista Bioética v.29 n.1 20212021-03-01info:eu-repo/semantics/othertext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-80422021000100044pt10.1590/1983-80422021291445
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