Fim de vida em unidades de terapia intensiva pediátrica

Resumo Este artigo analisa as condutas de fim de vida em unidades de terapia intensiva pediátrica brasileiras. Trata-se de estudo observacional, retrospectivo, multicêntrico, incluindo crianças que faleceram entre janeiro e dezembro de 2017. Durante o período ocorreram 149 óbitos, dos quais 54 foram selecionados. Constatou-se que 83,3% dos pacientes apresentavam alguma doença de base, com choque séptico como principal causa de óbito (38,9%). Limitações de suporte de vida foram descritas em 46,3% dos prontuários, e ordem de não reanimar em 37%; porém, 74,1% dos pacientes deixaram de ser reanimados. A prática de não reanimar pacientes com prognóstico reservado tem se disseminado, e aponta-se para melhores cuidados nas últimas 48 horas de vida. No entanto, ainda se verifica uso excessivo de procedimentos invasivos, ventilação mecânica e drogas vasoativas nas horas derradeiras.

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Main Authors: Lourenção,Murilo Lopes, Troster,Eduardo Juan
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Conselho Federal de Medicina 2020
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-80422020000300537
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spelling oai:scielo:S1983-804220200003005372020-11-03Fim de vida em unidades de terapia intensiva pediátricaLourenção,Murilo LopesTroster,Eduardo Juan Cuidados paliativos na terminalidade da vida Morte Unidades de terapia intensiva pediátrica Cuidados paliativos Cuidado da criança Cuidados críticos Resumo Este artigo analisa as condutas de fim de vida em unidades de terapia intensiva pediátrica brasileiras. Trata-se de estudo observacional, retrospectivo, multicêntrico, incluindo crianças que faleceram entre janeiro e dezembro de 2017. Durante o período ocorreram 149 óbitos, dos quais 54 foram selecionados. Constatou-se que 83,3% dos pacientes apresentavam alguma doença de base, com choque séptico como principal causa de óbito (38,9%). Limitações de suporte de vida foram descritas em 46,3% dos prontuários, e ordem de não reanimar em 37%; porém, 74,1% dos pacientes deixaram de ser reanimados. A prática de não reanimar pacientes com prognóstico reservado tem se disseminado, e aponta-se para melhores cuidados nas últimas 48 horas de vida. No entanto, ainda se verifica uso excessivo de procedimentos invasivos, ventilação mecânica e drogas vasoativas nas horas derradeiras.info:eu-repo/semantics/openAccessConselho Federal de MedicinaRevista Bioética v.28 n.3 20202020-09-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-80422020000300537pt10.1590/1983-80422020283418
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