Fantasmas de si mesmo: uma leitura demoníaca de James e de Machado

Este artigo prossegue na discussão sobre o papel do duplo no mundo desencantado da era liberal. Por meio da análise de algumas histórias de Henry James e de Machado de Assis, ele investiga a figuração do sujeito, esvaziado e iludido, assombrado por seu outro eu mutilado - imagem replicada tornada pavorosa pelo horror que o homem moderno comete contra si próprio. As narrativas de Machado, além disso, ao evocar personagens como que possuídos por vestígios de sua "herança bestial" ou por projeções de feitos mundanos (que eles metonimicamente tomam como sua essência integral), desestabilizam ainda mais o conceito de individuação. Nos dois autores, lidar com esse paradoxo também significa conduzir a narrativa a seus momentos negativos ou de falência, quando narrar deixa de ser possível.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Author: Parreira,Marcelo Pen
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2013
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-68212013000200009
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
id oai:scielo:S1983-68212013000200009
record_format ojs
spelling oai:scielo:S1983-682120130002000092014-01-15Fantasmas de si mesmo: uma leitura demoníaca de James e de MachadoParreira,Marcelo Pen Henry James duplo modernidade falência da narrativa Este artigo prossegue na discussão sobre o papel do duplo no mundo desencantado da era liberal. Por meio da análise de algumas histórias de Henry James e de Machado de Assis, ele investiga a figuração do sujeito, esvaziado e iludido, assombrado por seu outro eu mutilado - imagem replicada tornada pavorosa pelo horror que o homem moderno comete contra si próprio. As narrativas de Machado, além disso, ao evocar personagens como que possuídos por vestígios de sua "herança bestial" ou por projeções de feitos mundanos (que eles metonimicamente tomam como sua essência integral), desestabilizam ainda mais o conceito de individuação. Nos dois autores, lidar com esse paradoxo também significa conduzir a narrativa a seus momentos negativos ou de falência, quando narrar deixa de ser possível.info:eu-repo/semantics/openAccessUniversidade de São Paulo - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências HumanasMachado de Assis em Linha v.6 n.12 20132013-12-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-68212013000200009pt10.1590/S1983-68212013000200009
institution SCIELO
collection OJS
country Brasil
countrycode BR
component Revista
access En linea
databasecode rev-scielo-br
tag revista
region America del Sur
libraryname SciELO
language Portuguese
format Digital
author Parreira,Marcelo Pen
spellingShingle Parreira,Marcelo Pen
Fantasmas de si mesmo: uma leitura demoníaca de James e de Machado
author_facet Parreira,Marcelo Pen
author_sort Parreira,Marcelo Pen
title Fantasmas de si mesmo: uma leitura demoníaca de James e de Machado
title_short Fantasmas de si mesmo: uma leitura demoníaca de James e de Machado
title_full Fantasmas de si mesmo: uma leitura demoníaca de James e de Machado
title_fullStr Fantasmas de si mesmo: uma leitura demoníaca de James e de Machado
title_full_unstemmed Fantasmas de si mesmo: uma leitura demoníaca de James e de Machado
title_sort fantasmas de si mesmo: uma leitura demoníaca de james e de machado
description Este artigo prossegue na discussão sobre o papel do duplo no mundo desencantado da era liberal. Por meio da análise de algumas histórias de Henry James e de Machado de Assis, ele investiga a figuração do sujeito, esvaziado e iludido, assombrado por seu outro eu mutilado - imagem replicada tornada pavorosa pelo horror que o homem moderno comete contra si próprio. As narrativas de Machado, além disso, ao evocar personagens como que possuídos por vestígios de sua "herança bestial" ou por projeções de feitos mundanos (que eles metonimicamente tomam como sua essência integral), desestabilizam ainda mais o conceito de individuação. Nos dois autores, lidar com esse paradoxo também significa conduzir a narrativa a seus momentos negativos ou de falência, quando narrar deixa de ser possível.
publisher Universidade de São Paulo - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
publishDate 2013
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-68212013000200009
work_keys_str_mv AT parreiramarcelopen fantasmasdesimesmoumaleiturademoniacadejamesedemachado
_version_ 1756436710579765248