Ciência e mídia como campo de estudo: uma análise da produção científica brasileira

Resumo Mapeamento recente realizado sobre os artigos acadêmicos em divulgação científica na América Latina mostra que a mídia é o foco do maior número de estudos nesse campo, com 31% de 609 artigos identificados (MASSARANI et al, 2017). Neste artigo, analisamos especificamente os artigos publicados por autores brasileiros. Nosso corpus consiste de 154 artigos que tiveram como tema a cobertura da ciência por diferentes meios de comunicação. Os resultados mostram que há uma concentração de artigos em revistas brasileiras (88%). Boa parte dos artigos (60%) avalia meios de comunicação impressos, como jornais e revistas, e 52% dos artigos usam metodologias qualitativas em suas análises. A comunidade de autores se concentra em instituições do eixo Rio de Janeiro – São Paulo. Ainda que estejam geograficamente próximos, esses autores colaboram com poucos pares, gerando uma comunidade científica fragmentada.

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Bibliographic Details
Main Authors: Massarani,Luisa, Rocha,Mariana
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (INTERCOM) 2018
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-58442018000300033
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Summary:Resumo Mapeamento recente realizado sobre os artigos acadêmicos em divulgação científica na América Latina mostra que a mídia é o foco do maior número de estudos nesse campo, com 31% de 609 artigos identificados (MASSARANI et al, 2017). Neste artigo, analisamos especificamente os artigos publicados por autores brasileiros. Nosso corpus consiste de 154 artigos que tiveram como tema a cobertura da ciência por diferentes meios de comunicação. Os resultados mostram que há uma concentração de artigos em revistas brasileiras (88%). Boa parte dos artigos (60%) avalia meios de comunicação impressos, como jornais e revistas, e 52% dos artigos usam metodologias qualitativas em suas análises. A comunidade de autores se concentra em instituições do eixo Rio de Janeiro – São Paulo. Ainda que estejam geograficamente próximos, esses autores colaboram com poucos pares, gerando uma comunidade científica fragmentada.