A cobertura da gripe A(H1N1) 2009 pelo Fantástico
A televisão é uma das principais fontes de informação sobre saúde tanto para o público geral quanto para os profissionais de saúde. O objetivo deste estudo é analisar a cobertura da gripe A(H1N1) 2009 pelo Fantástico, conjugando uma análise de conteúdo com uma análise qualitativa sobre a forma como o programa apresentou a doença. Encontramos 16 matérias sobre o tema, veiculadas entre 26 de abril e 16 de agosto de 2009. A maioria teve como frame principal o alastramento da doença, mostrando dados epidemiológicos na forma de numeradores sem denominadores e falando em "alarde", "pânico" e "preocupação". As fontes mais frequentes foram representantes de governo e as vozes mais ouvidas foram cidadãos comuns. Medidas de contenção da gripe foram mencionadas com alta frequencia, com destaque para o uso de máscaras e a higienização das mãos. Também foram frequentes recomendações feitas por médicos e cerca de metade das matérias abordou os sintomas. Nossos resultados indicam que a cobertura do Fantástico optou por manter um tom de preocupação por meio das narrativas compostas e das imagens que acompanharam as matérias feitas sobre a gripe A(H1N1) 2009.
Main Authors: | , |
---|---|
Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (INTERCOM)
2011
|
Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-58442011000100003 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
Summary: | A televisão é uma das principais fontes de informação sobre saúde tanto para o público geral quanto para os profissionais de saúde. O objetivo deste estudo é analisar a cobertura da gripe A(H1N1) 2009 pelo Fantástico, conjugando uma análise de conteúdo com uma análise qualitativa sobre a forma como o programa apresentou a doença. Encontramos 16 matérias sobre o tema, veiculadas entre 26 de abril e 16 de agosto de 2009. A maioria teve como frame principal o alastramento da doença, mostrando dados epidemiológicos na forma de numeradores sem denominadores e falando em "alarde", "pânico" e "preocupação". As fontes mais frequentes foram representantes de governo e as vozes mais ouvidas foram cidadãos comuns. Medidas de contenção da gripe foram mencionadas com alta frequencia, com destaque para o uso de máscaras e a higienização das mãos. Também foram frequentes recomendações feitas por médicos e cerca de metade das matérias abordou os sintomas. Nossos resultados indicam que a cobertura do Fantástico optou por manter um tom de preocupação por meio das narrativas compostas e das imagens que acompanharam as matérias feitas sobre a gripe A(H1N1) 2009. |
---|